PRF apreende 6 toneladas de maconha e 3,5 mil munições que iriam para o RJ
Segundo investigação da PRF, a droga e a munição iriam abastecer o crime organizado e facções criminosas
Blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF) interceptou um caminhão carregado com 6 toneladas de maconha, 42 frascos de lança-perfume e cerca de 3,5 mil munições calibre 7,62 milímetros, utilizada em armamento pesado de longa distância. O veículo, conduzido por um homem de 60 anos, foi parado no quilômetro 23 da rodovia BR-262, na região de Três Lagoas (MS), no final da tarde da segunda-feira (26).
Preso em flagrante, o motorista contou aos policiais ter sido contratado na cidade de Dourados, sudoeste do Mato Grosso do Sul, para dirigir o caminhão até a BR-040, na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde deveria entregá-lo a um destinatário final. Pelo serviço, segundo o motorista, ele receberia R$ 3 mil.
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Segundo investigação da PRF, a droga e a munição iriam abastecer o crime organizado e as facções criminosas que atuam no Rio de Janeiro. O estado está sob intervenção federal na área de segurança pública no último dia 16.
A prisão do motorista e a apreensão da carga criminosa fazem parte da Operação Égide, montada em julho do ano passado para fiscalizar as fronteiras do Brasil com Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina e nas divisas de estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O objetivo é montar um cerco ao tráfico de drogas do Rio de Janeiro, o principal mercado do país, a partir de ações nas rodovias dos estados de fronteira (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul) e nas estradas federais que cortam os grandes corredores rodoviários de São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais.
Desde que foi iniciada, a Operação Égide já prendeu mais de 12 mil pessoas e apreendeu 182 toneladas de maconha, mais de quatro toneladas de cocaína e crack, 868 armas de fogo, inclusive fuzis de assalto, e mais de 147 mil munições de vários calibres. A maior parte das prisões e apreensões ocorreram antes de as cargas criminosas chegarem ao Rio de Janeiro.