Brasil

Rio cria programa de esclarecimento às vítimas de violência doméstica

Trata-se de uma ação preventiva destinada a ampliar e fortalecer a rede de enfrentamento a esse tipo de violência, dando visibilidade às questões de gênero

Violência contra mulheres vai ser debatida em seminárioViolência contra mulheres vai ser debatida em seminário - Foto: Marcos Santos/USP

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), o Serviço Nacional do Comércio (Senac) e o Serviço Social do Comércio ((Sesc) vão desenvolver, em parceria, o Programa Mãos Empenhadas contra a Violência, no momento em que a Lei Maria da Penha está completando 13 anos. O objetivo é criar uma rede de profissionais de beleza para ajudar na conscientização e no esclarecimento às vítimas de violência doméstica. Trata-se de uma ação preventiva destinada a ampliar e fortalecer a rede de enfrentamento a esse tipo de violência, dando visibilidade às questões de gênero.

No piloto do programa, especialistas da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Coem RJ) começam a implementar, a partir do dia 19 de agosto, a capacitação de cerca de 120 instrutores de beleza das unidades do Senac RJ, instaladas na região metropolitana da capital, para atuar como multiplicadores junto aos alunos dos cursos da instituição.

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A ideia é que os futuros profissionais de beleza desenvolvam competências de escuta e apoio nas temáticas relativas ao tema e possam contribuir para o combate à violência, identificando e orientando as clientes com base na Lei Maria da Penha. A estimativa é que, até 2020, sejam alcançados cerca de 2 mil alunos dos cursos de cabeleireiro, maquiador, depilador, manicure e técnico em estética. O Sesc RJ também promoverá palestras, debates, oficinas, apresentações de teatro e de filmes sobre temas ligados a feminicídio e violência doméstica.

O Mãos Empenhadas contra a Violência foi desenvolvido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e será replicado pelo TJRJ. O programa também contará com a participação do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim) e o Sindicato dos Institutos de Beleza e Cabeleireiros de Senhoras do Rio de Janeiro (Sinbel). O projeto é mais uma das ações integradas ao Justiça pela Paz em Casa, do Tribunal de Justiça, que segue com atividades até o dia 31de agosto.

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