Brasil

Tumores e coração, as causas de morte de mulheres

Já as mortes maternas relacionadas à gravidez, parto e puerpério corresponderam a 2,2% dos óbitos registrados.

A violência foi motivo de 18,5% dos óbitos, diz UnicampA violência foi motivo de 18,5% dos óbitos, diz Unicamp - Foto: Divulgação

 

As causas mais frequentes para a mortalidade de mulheres em idade fértil (10 a 49 anos) de Campinas entre 2010 e 2014 foram os tumores, as doenças cardiovasculares, as causas externas e as infecto parasitárias, que juntos foram responsáveis por 68,3% do total de óbitos. Os tumores corresponderam a 24,6% dos óbitos de mulheres em idade fértil. As doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por 18,5% dos casos, as causas externas (acidentes e violência) foram 17,2% e as doenças infecto parasitárias, 8%. Os dados foram apresentados no 53º boletim divulgado pelo Centro Colaborador em Análise de Situação de Saúde da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp).
Já as mortes maternas relacionadas à gravidez, parto e puerpério corresponderam a 2,2% dos óbitos registrados. De acordo com a pesquisa, que analisa dados dos últimos 20 anos, o número de mortes obstétricas diretas aumentou de 19 para 31, de 2000 a 2014, e as indiretas passaram de 19 a 11, no mesmo período.
De acordo com a pesquisa, a queda do risco de morte das mulheres em idade fértil foi de 33,4% entre 1995 e 2004, e de 8,3% entre 2005 e 2014. Apenas as mortes relativas aos acidentes de trânsito e pneumonia apresentaram aumento entre 2000 e 2014. Segundo a pesquisa, entre as mulheres mais jovens, as causas externas, ou seja, em consequência de acidentes e de violência, constituem os óbitos mais frequentes.
Em relação ao percentual de mães adolescentes, a pesquisa mostra que houve redução de 33,1% entre 2000 e 2010, mas que houve aumento de 6,9% entre 2010 a 2014. Já sobre o nascimento de bebês prematuros, o período mais recente indica percentual maior: entre 2000 e 2004 a média foi 7,7% de crianças prematuras, e no período de 2010 a 2014 a média foi de 12,8%.
Segundo a Unicamp, a cidade de Campinas realiza a investigação dos óbitos maternos desde 1998 e em 2001 criou o Comitê Municipal de Vigilância do Óbito Materno e Infantil (CMVOMI). A partir de 2006, o comitê passou a agregar profissionais das equipes de vigilância dos Distritos e representantes dos hospitais universitários e maternidades de Campinas.

 

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