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Brasil

Volkswagen investigará seu papel durante ditadura militar brasileira

Denúncia acusa empresa de ter permitido a perseguição e tortura de trabalhadores que se opunham ao regime militar

O diretor-geral da PF, Fernando Segóvia.O diretor-geral da PF, Fernando Segóvia. - Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

A companhia alemã Volkswagen vai encarregar um historiador independente de analisar o comportamento da montadora nas duas décadas de ditadura militar iniciadas em 1964 no Brasil.

"Queremos esclarecer o período obscuro da ditadura militar (de 1964 a 1985) e o comportamento dos responsáveis (da companhia) no Brasil e, se corresponde, na Alemanha", informa um comunicado da diretora jurídica do grupo, Christine Hohmann-Dennhardt.

Em setembro de 2015, ex-trabalhadores e ativistas processaram a Volkswagen no Brasil, acusando a empresa de ter permitido a perseguição e tortura de trabalhadores que se opunham ao regime militar.

Segundo a denúncia, 12 trabalhadores foram presos e torturados na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo. Também acusaram a empresa de ter elaborado "listas negras" de opositores à ditadura militar.

"Vamos esclarecer o papel da empresa durante a ditadura militar no Brasil, com perseverança e a coerência necessária, da mesma forma que fizemos, de forma rápida e completa, sobre assuntos do passado nazista e o uso de trabalho escravo", acrescenta o comunicado.

Para a tarefa, a companhia elegeu o "historiador independente Christopher Kopper", um professor da Universidade de Bielefeld.

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