Brasileiro é encontrado morto em casa nos EUA; família faz vaquinha para trazer corpo ao Rio
Corpo de Douglas Machado Coka, de 36 anos, tinha apenas um único ferimento de bala; polícia investiga as circunstâncias da morte
A polícia dos Estados Unidos investiga a morte do brasileiro Douglas Machado Coka, de 36 anos, encontrado sem vida no quintal de uma casa em Conyers, na Geórgia, na manhã do último domingo.
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Natural de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, ele tinha um único ferimento de bala.
Nos últimos dias, a família tem divulgado uma vaquinha virtual para custear o translado do corpo.
Segundo a imprensa americana, policiais foram acionados por volta das 8h50 (horário local) para atender a uma ocorrência com tiro na região.
Ao chegarem, encontraram Douglas já sem vida. Até o momento, as autoridades não divulgaram informações sobre as circunstâncias da morte, que segue em investigação.
Irmão de Douglas, o autônomo Eduardo Coka, de 32 anos, conta que soube do ocorrido por meio de um amigo que também vive nos Estados Unidos.
Segundo ele, a informação que chegou à família é de que o corpo só será liberado após a conclusão das investigações.
— A gente tá tentando ver essa liberação do corpo, porque só libera depois que a investigação estiver concluída. E acredito que não esteja. A informação chega picotada de lá — explica.
Ainda de acordo com Eduardo, Douglas nunca mencionou qualquer briga ou desentendimento desde que se mudou para os Estados Unidos, há pouco mais de três anos.
O brasileiro deixou o Brasil em busca de melhores oportunidades.
— Queria dar um futuro melhor para a família aqui no Brasil — conta Eduardo.
A família tem utilizado as redes sociais para divulgar uma campanha de arrecadação virtual com o objetivo de custear o translado do corpo ao Brasil
. A meta é arrecadar R$ 50 mil. Até o momento, R$ 18 mil já foram doados.
Vizinhos ouviram tiro
Segundo informações da rede americana Fox News, vizinhos relataram ter ouvido um barulho alto durante a noite, mas não imaginaram que se tratava de um disparo de arma de fogo.
Uma das moradoras, que preferiu não se identificar, disse ter confundido o som com o de um pneu estourando.
Outra vizinha, identificada como Stephanie Black, relatou ter ouvido um som semelhante ao de um tiro, mas não suspeitou de nada.
— Aqui não é incomum ouvir disparos, então não dei muita atenção. Agora, me sinto mal. Talvez eu pudesse ter ajudado — disse à emissora americana.

