Brics pede 'trégua humanitária imediata e duradoura' em Gaza
Cyril Ramaphosa, presidente sul-africano, acusou Israel de cometer "crimes de guerra" e "genocídio" em Gaza, indicou seu gabinete
A cúpula extraordinária do grupo Brics pediu, nesta terça-feira (21), "uma trégua humanitária imediata e duradoura que leve ao fim das hostilidades" em Gaza, em um resumo da reunião virtual divulgado pela Presidência sul-africana.
"Reiteramos nosso firme apoio aos esforços regionais e internacionais, visando a alcançar o fim imediato das hostilidades, a proteção dos civis e a prestação de ajuda humanitária", acrescenta o texto.
A África do Sul anunciou na segunda-feira esta reunião extraordinária do Brics (China, Brasil, Rússia, Índia e África do Sul), grupo que defende um maior equilíbrio mundial, menos influenciado por Estados Unidos e União Europeia.
Nesta terça-feira, em declarações antes da cúpula, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, acusou Israel de cometer "crimes de guerra" e "genocídio" em Gaza, indicou seu gabinete.
Leia também
• Xi Jinping pede conferência internacional da paz para solucionar guerra Hamas-Israel
• Lula: É preciso evitar que conflito entre Israel e Hamas se alastre
• Israel diz que há 40 crianças e adolescentes entre os reféns; um deles tem 10 meses de idade
"O castigo coletivo de Israel aos civis palestinos mediante o uso ilegal da força é um crime de guerra", declarou Ramaphosa.
"A negativa deliberada de prover medicamentos, combustível, comida e água aos habitantes de Gaza equivale a um genocídio", afirmou.
O presidente chinês, Xi Jinping, instou a um cessar-fogo "imediato" e a "liberar os detidos civis" no conflito entre Israel e Hamas.
"Todas as partes do conflito devem interromper imediatamente o fogo e as hostilidades, encerrar toda a violência e os ataques contra civis, e liberar os detidos civis para evitar novas perdas de vidas humanas e novos sofrimentos", disse Xi no encontro, segundo declarações divulgadas pela agência estatal de notícias Xinhua.
Veja também

Maduro reitera convite a Biden para iniciar "nova era" nas relações EUA-Venezuela
