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Brinks foi investigada pela PF em 2015 e teve atividades canceladas

Segundo a Polícia Federal, empresa voltou a funcionar após recorrer à Justiça e suspender dois processos

Brinks foi assaltada na madrugadaBrinks foi assaltada na madrugada - Foto: Flávio Japa/Folha de Pernambuco

A empresa Brinks - alvo de um assalto cinematográfico na madrugada desta terça-feira (21) - foi investigada, em 2015, durante a operação Grande Truque, da Polícia Federal, para investigar uma quadrilha de doleiros especializada em operações ilegais de câmbio e remessas internacionais de divisas ao exterior.

Segundo nota divulgada pela PF nesta terça (21), a Brinks foi acusada de várias irregularidades e teve suas atividades canceladas como punição, sendo citada em dois processos. No entanto, disse a PF, a Brinks recorreu na Justiça e conseguiu suspender os dois processos e estava, portanto, funcionando por força de decisão judicial.

Em nota, a Brink's afirma que "todas as operações da companhia seguem rigorosamente as leis vigentes do País, e não há irregularidade em nenhum dos serviços prestados".

Grande Truque
A Operação de 2015 era uma parceria entre a Polícia Federal e a Receita Federal. A partir da observação de movimentação financeira de doleiros, foram constatadas operações suspeitas da ordem de R$ 4 milhões.

Foram cumpridos, à época, 30 mandados de busca e apreensão, 14 mandados de condução coercitiva e três mandados de prisão preventiva, em 12 empresas, como casas de câmbio, importadoras e empresa de segurança privada, e nas residências dos investigados, além de mandados de sequestro de bens.

A rede de doleiros atuava em Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Norte e outros países, como Bélgica, Inglaterra, Portugal, Itália e China. Os locais investigados ficavam em Boa Viagem, Areias, Avenida Recife, Afogados, Paulista, Pombos, Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Jaboatão, Goiana, Estância, Olinda, Ibura, Águas Compridas e Pau Amarelo. A operação foi deflagrada

A quadrilha é acusada de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, instituição financeira clandestina e associação criminosa. O grupo operava um sistema de câmbio paralelo onde transações em espécie são possíveis sem ciência dos órgãos fiscalizadores. Por meio do esquema, empresários-importadores conseguiam pagar fornecedores no exterior sem registro da Receita Federal do Brasil, subfaturando as importações.

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