Caixas eletrônicos de centros comerciais são alvo de explosões
Nesta quarta-feira (26), o alvo da investida foram os terminais instalados no Shopping Costa Dourada, no Cabo
Diante da repercussão do episódio e da repetição quase diária de explosões aos equipamentos bancários, a Polícia Civil anunciou o reforço de equipes para investigações de roubos e furtos. A partir de novembro, serão sete equipes com a presença de policiais da especializada também no Interior. Até setembro, foram 144 investidas contra bancos, sendo 40 explosões.
Durante toda a manhã, perícias foram realizadas no mall. Os especialistas averiguaram, também, se ainda havia risco de explosão. Segundo a apuração inicial, a quadrilha invadiu o local em um carro, surpreendendo os vigilantes que não conseguiram reagir. Os bandidos também espalharam grampos da PE-60 e na entrada do estabelecimento.
“Os suspeitos teriam fugido em uma viatura encontrada posteriormente abandonada. Em uma outra versão, eles teriam fugido a pé e seguindo em direção ao bairro Garapu, no Cabo de Santo Agostinho. Essas informações ainda serão checadas por nossas equipes”, afirmou o chefe de Comunicação da Polícia Federal, Giovani Santoro. Ele destacou ainda que a investida desta quarta apresenta semelhanças com outros casos de explosões.
“Grampos na via, rodovias fechadas e grupos fortemente armados são algumas das semelhanças. Eles conhecem o local e analisam as falhas de segurança. Ou seja, é uma quadrilha extremamente organizada”, explicou Santoro. Nas investigações, a PF não descarta nenhuma possibilidade sobre o comando e articulação desses crimes. “Não podemos dizer que se trata da mesma quadrilha que está atuando na Capital e no Interior, mas não podemos descartar nenhuma hipótese”, reforçou.
Na última segunda-feira, o cenário de explosão foi o Moda Center, em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, onde dois caixas foram destruídos. O assalto, que durou menos de dez minutos, também teve um refém. Após uma reunião, na noite desta quarta, a Secretaria de Defesa Social (SDS) resolveu elevar de três para sete as equipes de investigação de crimes de roubos e furtos. Com a iniciativa, haverá agora duas equipes completas, compostas por delegados, escrivães e agentes para atuação no Agreste e mais duas para o Sertão.
O Centro Integrado de Inteligência e Defesa Social (CIIDS) será responsável pela análise de todos os dados base da inteligência, mas integram também essa força-tarefa equipes táticas de elite das policiais civil e militar, além da equipe do Grupo Tático Aéreo.