Logo Folha de Pernambuco
CABEÇA

Calvície: UE atribui pensamentos suicidas como efeito colateral de medicamento para queda de cabelo

Agência reguladora de medicamentos dos países do bloco também afirmou que ainda não se sabe a frequência do efeito colateral

Calvície: UE atribui pensamentos suicidas como efeito colateral de medicamento para queda de cabeloCalvície: UE atribui pensamentos suicidas como efeito colateral de medicamento para queda de cabelo - Foto: Freepik

O medicamento finasterida e suas versões genéricas, utilizado para o tratamento da alopecia androgenética precoce (perda de cabelo devido aos hormônios masculinos), foi associado ao surgimento de pensamentos suicidas, de acordo com um novo comunicado da European Medicines Agency, agência reguladora de fármacos da União Europeia.

Ainda, segundo o órgão regulador, o efeito colateral foi registrado após o uso da finasterida em dosagens de 1 mg. Contudo, a frequência com que ele se manifesta ainda é desconhecida pelos pesquisadores e ainda não pode ser definida com os dados disponíveis.

"Um alerta sobre alterações de humor, incluindo depressão, humor deprimido e ideação suicida, já está incluído na bula dos medicamentos com finasterida. Pacientes que apresentarem alterações de humor devem procurar orientação médica e, se estiverem tomando finasterida 1 mg, também devem interromper o tratamento", afirma a nota.

Além disso, a dutasterida, que também é utilizada para o tratamento da alopecia androgenética precoce — tipo de calvície que atinge os homens antes dos 20 anos de idade —, passou pela análise e não foram encontrados os mesmos dados sobre estes efeitos colaterais após o uso.

"Embora não tenha sido possível estabelecer uma ligação entre ideação suicida e dutasterida com base nos dados revisados, a dutasterida funciona da mesma forma que a finasterida e, portanto, informações sobre as alterações de humor observadas com a finasterida também serão adicionadas às informações do produto dutasterida como precaução", aponta o comunicado da agência.

Tanto a dutasterida quanto a finasterida fazem parte de outro tipo de terapia medicamentosa, para tratar a hiperplasia prostática benigna, condição em que a próstata aumenta de tamanho (não é considerado câncer).

Desta forma, a European Medicines Agency decidiu que os comprimidos de finasterida de 1 mg vendidos na União Europeia terão uma bula que indica esses riscos observados, assim como outras orientações sobre o uso seguro, e as mesmas informações serão adicionadas à bula da dutasterida como precaução.

Veja também

Newsletter