Candidato opositor venezuelano "não considerou" pedir asilo, apesar de ordem de prisão
González Urrutia, de 75 anos, está na clandestinidade há um mês, após o início de uma investigação criminal contra ele relacionada às eleições
O candidato opositor venezuelano Edmundo González Urrutia "não considerou" a possibilidade de pedir asilo em alguma embaixada, apesar da ordem de prisão contra ele como parte de uma investigação após as eleições presidenciais nas quais denunciou fraude, disse seu advogado nesta terça-feira (3).
"Não pediu asilo", disse o advogado de defesa José Vicente Haro à imprensa, do lado de fora da residência do candidato. "Isso é um assunto que não foi considerado pela família ou pelo senhor Edmundo González Urrutia", acrescentou.
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González Urrutia, de 75 anos, está na clandestinidade há um mês, após o início de uma investigação criminal contra ele relacionada à eleição de 28 de julho, quando as autoridades do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamaram Nicolás Maduro como presidente reeleito, sem apresentar detalhes da apuração.
A oposição denuncia fraude, reivindica a vitória de González e afirma que tem provas de suas alegações.
A justiça expediu um mandado de prisão contra o opositor por crimes que incluem "desobediência às leis", "conspiração", "usurpação de funções" e "sabotagem".
"Temos pouco conhecimento desse processo judicial", explicou o advogado. "O que sabemos, o que é um fato, público, notório e comunicacional, é que se trata de uma ordem de prisão."
"Se houver uma ordem de busca e apreensão, ela será cumprida e será concedido o devido acesso aos funcionários", continuou. "Prestaremos toda a colaboração possível, receberemos as autoridades e permitiremos que cumpram tudo o que for necessário de acordo com a ordem judicial que tiverem".