Caso Hadassa: mãe da menina que deixou ela e irmãos sozinhos em casa será investigada, diz delegado
Suellen da Silva Roque havia saído para ir a uma festa e, quando chegou em sua residência não encontrou a filha caçula
O delegado titular da DHBF, Mauro César da Silva Junior, responsável pela investigação da morte da menina Kemilly Hadassa Silva, de 4 anos, afirmou, nesta segunda-feira, que a mãe da criança, Suellen da Silva Roque, será investigada. Ela deixou a menina sozinha em casa sob a supervisão de dois irmãos, de 7 e 8, anos, para ir a uma festa.
Suellen contou à polícia que havia ido a um forró às 23h da última sexta-feira, retornando para casa por volta das 5h de sábado. Nesse intervalo, a menina desapareceu. Ela afirmou ainda que, quando chegou à residência, encontrou o portão completamente aberto.
"A mãe vai ser investigada por ter deixado os três filhos menores sozinhos. Ela é agente garantidora deles na forma da lei. Eu ainda não vou cravar a tipificação (por qual crime Suellen poderá responder). Ela (a mãe) será investigada pelo fato que aconteceu. A tipificação nós veremos durante as investigações" afirmou o delegado.
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Quem é o principal suspeito?
De acordo com o delegado Mauro César da Silva Junior, titular da DHBF, o suspeito do crime é Reynaldo Rocha Nascimento, de 22 anos, primo de segundo grau da mãe de Kemelly e detido após ser agredido por vizinhos, neste sábado. Ele, que tem passagem por roubo, foi levado à 56ª (Comendador Soares) e depois encaminhado para a Delegacia de Homicídios. As equipes continuaram com as diligências, em busca da localização do corpo da criança, que estava escondido em um saco de ração.
Multidão tenta linchar suspeito
Os investigadores tiveram dificuldade para fazer a perícia no local. Segundo a polícia "uma multidão" se reunião à beira do valão onde o corpo estava para linchar o suspeito. Após a localização do cadáver, Reynaldo, ainda segundo a Polícia Civil, confessou o crime. Ele contou que havia retirado a menina de casa, pois sabia que ela estaria sozinha, afirmou a corporação.
Como aconteceu o crime?
O suspeito disse que, após a violência sexual, Kemilly a começou a chorar. Com medo de que o barulho atraísse a atenção de alguém, Reynaldo, ainda de acordo com a polícia, começou a cortar o pescoço da criança, mas voltou atrás e a enforcou. Depois, escondeu o corpo da criança.
O suspeito está preso temporariamente para o encerramento das investigações. Ele responderá por estupro de vulnerável e homicídio qualificado, de acordo com o delegado Mauro César. As diligências continuam, visando a identificar mais detalhes do crime, assim como a eventual responsabilização de outras pessoas.