China acusa espiões americanos por ataques cibernéticos durante evento esportivo
O órgão chinês informou que o crime digital aconteceu contra sistemas de informação relacionados com um evento esportivo
As forças de segurança chinesas afirmaram nesta terça-feira (15) que detectaram o envolvimento de três "agentes secretos" americanos em ataques cibernéticos ocorridos durante os Jogos Asiáticos de Inverno, disputados no mês passado em Harbin.
A polícia da cidade no nordeste da China publicou um comunicado na rede social Weibo em que acusa três membros da Agência de Segurança Nacional (NSA) de ataques contra "infraestruturas cruciais de informação".
O comunicado identifica os indivíduos como "Katheryn A. Wilson, Robert J. Snelling e Stephen W. Johnson" e afirma que os três trabalham na unidade de inteligência sobre guerra cibernética da NSA.
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O órgão chinês de vigilância de segurança digital afirmou que registrou mais de 270.000 ataques cibernéticos contra sistemas de informação relacionados com o evento esportivo, que aconteceu entre os dias 7 e 14 de fevereiro.
As ações foram concentradas nos sistemas de gestão e envio de informações do evento, além dos pagamentos com cartão.
Segundo o órgão, dois terços dos ataques procediam dos Estados Unidos.
O comunicado acusa os agentes da NSA de atacar empresas chinesas como a Huawei. Segundo a agência estatal de notícias Xinhua, os investigadores "descobriram evidências" que implicam a Universidade da Califórnia e Virginia Tech na campanha.
As autoridades oferecem recompensas por qualquer pista sobre os três indivíduos. Na China, o crime de espionagem pode ser punido com prisão perpétua ou execução. Em março, o Ministério de Segurança Estatal anunciou a condenação à morte de um engenheiro que revelou segredos de Estado para uma potência estrangeira.