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FRANÇA

Cinco anos após incêndio, Catedral de Notre Dame revela seu novo 'brilho' ao mundo

Macron prometeu reabrir o local em cinco anos, o que gerou certo ceticismo na época

O presidente francês Emmanuel Macron faz um discurso durante uma visita à catedral de Notre-Dame de Paris em ParisO presidente francês Emmanuel Macron faz um discurso durante uma visita à catedral de Notre-Dame de Paris em Paris - Foto: Stephane de Sakutinpool/AFP

A catedral de Notre Dame de Paris revela, nesta sexta-feira (29), seu novo "brilho" ao mundo, cinco anos depois de um incêndio devastador, durante uma visita do presidente francês, Emmanuel Macron, oito dias antes de sua reapertura.

Antes do retorno dos turistas de todo o mundo à obra-prima da arte gótica, canais de televisão franceses e internacionais transmitirão a visita de Macron, revelando o interior restaurado.

“Ainda mais bela que antes, com o brilho redescoberto do louro das pedras e da cor das capelas”, escreveu o líder de centro-direita em um documento enviado à imprensa.

O trabalho de restauração possibilitou a limpeza da sujeira acumulada ao longo de décadas e a pureza “imaculada” do edifício católico, que, de acordo com a equipe da presidência, está "deslumbrante como nunca".

Até esta sexta-feira, apenas imagens não verificadas haviam circulado na rede social X, republicadas inclusive pelo proprietário bilionário da plataforma, Elon Musk.

A presidência francesa não poupou elogios para apresentar a visita: “brilho”, “fascinação”, vista “impactante”, “fogos de artifício coloridos”, etc.

E prometeu um espetáculo avassalador e um contraste impressionante com a “abóboda aberta”, o “lixo carbonizado” e o cheiro “insuportável” que Macron observou na noite do incêndio, em 15 de abril de 2019.

As chamas devastaram o telhado e a estrutura da catedral, um dos monumentos mais visitados da Europa. Sua icônica agulha, construída por Viollet-le-Duc no século XIX, desabou e foi reconstruída de forma idêntica.

Doações
O incêndio, que não teve as causas identificadas, chocou o mundo.

Macron prometeu reabrir o local em cinco anos, o que gerou certo ceticismo na época.

Agora, ele apresenta a reabertura como o ponto culminante de um ano de “orgulho francês”, após o sucesso dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris-2024, e em um momento em que ele está politicamente enfraquecido.

A visita de sexta-feira permitirá a observação de todos os detalhes, da esplanada até a estrutura do telhado.

As 2.000 pessoas que contribuíram para a restauração foram convidadas para a visita, que será conduzida pelo presidente, sua esposa, Brigitte Macron, e o arcebispo de Paris, Laurent Ulrich. Espera-se a presença de pelo menos 1.300 pessoas.

"Esta última visita às obras é uma oportunidade de agradecer aos que trabalharam nela, dos carpinteiros aos pedreiros, dos arquitetos aos arqueólogos", disse Macron.

O presidente também prestará homenagem aos mecenas, já que o projeto custou cerca de 700 milhões de euros (US$ 740 milhões ou 4,4 bilhões de reais, de acordo com as taxas de câmbio atuais) e foi financiado exclusivamente por doações.

O público ainda deve esperar pouco mais de uma semana para visitar a catedral. As cerimônias religiosas e laicas de reabertura estão previstas para 7 e 8 de dezembro, antes da abertura das portas para o mundo.

A França convidou diversos líderes estrangeiros, mas ainda não é possível saber quem comparecerá às cerimônias. O papa Francisco já anunciou que não estará presente.

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