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Cinema de horror sob nova ótica; livro será lançado neste domingo

Em 'A Aceleração do Medo - O Fluxo Narrativo de Remakes de Filmes de Horror do Século 21', o jornalista Felipe Falcão constrói um panorama histórico do segmento

Filipe Falcão Filipe Falcão  - Foto: Divulgação

Um dos pilares da história da sétima arte, o cinema de terror é também um dos principais propulsores da produção de remakes — ou refilmagens, em tradução livre. Exemplos disso são o apocalipse zumbi Despertar dos Mortos (George Romero, 1978), o slasher Sexta-feira 13 (Sean S. Cunningham, 1980) e a assombração Poltergeist - O Fenômeno (Tobe Hooper, 1982).

Produções originais das décadas de 1970 e 1980, os remakes dividem opiniões entre fãs das obras e a crítica especializada. Sejam adaptações mais originais e inovadoras, até versões exageradas e desnecessárias, para os produtores "significam um extenso e lucrativo mercado a ser explorado", como aponta o jornalista Felipe Falcão, estudioso da temática.

O fenômeno, aliás, foi objeto de pesquisa de Doutorado de Felipe. O resultado pode ser conferido através do livro "A Aceleração do Medo - O Fluxo Narrativo de Remakes de Filmes de Horror do Século 21". Publicado pela editora Estronho, o autor apresenta, ao longo das 370 páginas que compõem a obra, um panorama histórico sobre o desenvolvimento do cinema de horror ao longo do século.

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O lançamento acontece neste domingo (4), à partir das 17h, no Café Vicalli (rua Maria Carolina, Boa Viagem). No livro, Felipe Falcão aponta que o remake serve, por exemplo, como modelo de atualização do filme para um novo público. Por isso, os títulos estão cada vez mais acelerados que as obras originais: fragmentados, com movimentos de câmera mais rápidos, desenho de som mais detalhado e barulhento, além da maior quantidade de personagens.

"Essas mudanças acontecem uma vez que o cinema mainstream tem no excesso e na aceleração as duas palavras de ordem para suas produções. O público jovem é acostumado com este tipo de linguagem e quase que exige filmes cada vez mais acelerados", observa Felipe, ao lembrar produções como as sequências Velozes e Furiosos e Os Vingadores. “Somos muito impacientes. Tudo é para agora. Estamos sempre correndo. O cinema mainstream sabe que precisa acelerar suas histórias", conclui.

Serviço:
Lançamento do livro A Aceleração do Medo – O Fluxo Narrativo dos Remakes de Filmes de Horror do Século XXI
Café Vicalli (Rua Maria Carolina, Boa Viagem. Recife)
04 de agosto, das 17h às 21h
Preço: R$ 40,00

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