Comando Estadual de Greve realiza protesto na entrada e saída da UFPE
Ato contou com a participação de técnicos administrativos, professores e alunos
Um protesto marcou a manhã desta sexta-feira (26) na Universidade Federal de Pernambuco. O ato aconteceu no campus Recife da universidade e foi realizado pelo Comando Estadual de Greve, com a participação de técnicos administrativos, professores e estudantes da UFPE, UFRPE e IFPE.
A manifestação teria acontecido após uma assembleia dos comandos de greve de cada segmento das instituições, na qual os representantes do comando estadual resolveram fechar o acesso a UFPE e realizar o ato.
De acordo com informações fornecidas à Folha de Pernambuco, o comando de greve está construindo uma agenda com atos maiores, pois, a cada dia que se passa, eles têm mais adesão à greve, principalmente entre os técnicos.
Haverá, na segunda-feira (29), uma reunião do Conselho Universitario (Consuni) da UFPE, na qual os técnicos pautarão a greve e seus desdobramentos.
O Consuni pode deliberar sobre a continuidade ou não do calendário acadêmico da universidade.
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Greve
Os técnicos administrativos em educação (Taes) da UFPE estão em greve desde o dia 11 de março, por reajuste salarial, reestruturacao da carreira e recomposição do orçamento das universidades, que sofreram reducoes ao longo dos ultimos governos.
A greve teve adesão dos professores e estudantes na semana passada, o que ampliou a mobilização pra toda a universidade.
Após propor aumentar o salário dos docentes em parcelas iguais de 4,5% em 2025 e 2026, a proposta mais recente do governo para os professores, apresentada no dia 19 de abril, é de 9% de reajuste salarial em 2025 e 3,5% em 2026.
Para 2024, porém, a categoria continuaria com zero de reajuste salarial e aumento apenas nos benefícios, o que exclui os aposentados.
A proposta foi recusada por unanimidade entre os professores em assembleia realizada nesta quinta-feira (26).
Em nota, a diretoria da Adufepe reafirmou que 0% de reajuste em 2024 não é aceitável.
Já em relação à carreira docente, a proposta avançou um pouco, especificamente no que diz respeito a progressões e promoções. O governo propôs alterar os percentuais de step (diferença salarial recebida pelo docente toda vez que progride na carreira) que passariam de 4%, para 4,5%.
O principal ponto da pauta de reivindicações dos docentes é a recomposição salarial. Com perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos, os docentes pedem uma correção de 22% com parcelas de 7,06% para 2024, 2025 e 2026.
Os profissionais da Educação Superior também requerem reestruturação da carreira, condições de trabalho, recomposição orçamentária das Instituições Federais de Ensino e outros pontos específicos.