Compesa garante apresentação do Homem-Aranha no Carnaval de Olinda
Dona do edifício da caixa d'água do Alto da Sé, Compesa disse que embate judicial com a Sinallider não vai impedir apresentação deste domingo (3)
O Homem-Aranha de Olinda não vai deixar de fazer a sua tradicional apresentação de Carnaval neste ano por causa da disputa judicial que envolve o prédio da caixa d’água do Alto da Sé. E quem confirma a apresentação, que já é uma tradição do Domingo de Carnaval, é a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), dona do edifício.
Por meio da assessoria de comunicação, a Compesa disse que a apresentação deste domingo (3) está garantida, mas ressaltou que a equipe técnica do Homem-Aranha vai usar as escadas para acessar o topo da caixa d’água do Alto da Sé, assim como ocorreu nos últimos dois anos. Afinal, o elevador panorâmico, que pertence à prefeitura e é o alvo da disputa com a empresa Sinallider, está parado.
"A Compesa informa que não descumpriu decisão judicial em 2017, que proibiu a companhia a utilizar o elevador panorâmico, já que o evento do Homem-Aranha foi realizado sem a sua utilização.Todos os equipamentos de segurança,os artistas e equipe de apoio técnico chegaram ao topo do reservatório usando as escadas", ressaltou a companhia.
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Cessionária do prédio, a Sinallider acionou a Justiça justamente para pedir que a Compesa não usasse o prédio no Carnaval, para que ela pudesse continuar explorando o espaço com fins comerciais durante a folia. O pedido chegou a ser aceito pelo juiz Rafael Sindoni Feliciano, da 3ª Vara Cível de Olinda. Mas o próprio Homem-Aranha já havia dito que iria pular neste domingo porque a Compesa teria obtido uma autorização judicial para a apresentação.
À Folha de Pernambuco, a Compesa explicou que desde outubro de 2017 rompeu o convênio que permitia que a Prefeitura de Olinda contratasse uma empresa para gerenciar o elevador panorâmico da caixa d’água – posto que, desde 2014, é ocupado pela Sinallider. "Portanto, ao permitir a performance do Homem-Aranha no Domingo de Carnaval, evento que está em sua décima edição, não está descumprindo o contrato da prefeitura de Olinda com a empresa em questão, uma vez que não há mais convênio vigente", acrescentou a companhia.
A companhia ainda afirmou que, independentemente do convênio, tem a posse do edifício e precisa ter acesso a ele para, entre outras coisas, fazer a manutenção do reservatório de água. A reportagem ainda não obteve retorno da Prefeitura de Olinda.
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