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Compra de bebida alcoólica gerou briga que resultou na morte da mulher empurrada do 1° andar

A agente de saúde Márcia Araújo foi empurrada pelo companheiro na última segundda-feira (24)

Delegado Jean Rockfeller - Gestor da Diresp, Delegado Paulo Gondim - Gestor do DHPP, e a Delegada Ana Elisa - Gestora em exercício da DPMULDelegado Jean Rockfeller - Gestor da Diresp, Delegado Paulo Gondim - Gestor do DHPP, e a Delegada Ana Elisa - Gestora em exercício da DPMUL - Foto: Divulgação / PCPE

A Polícia Civil de Pernambuco detalhou, na manhã desta quarta-feira (26), a morte da agente de saúde Márcia Araújo Severino da Silva, de 44 anos, que foi empurrada pelo companheiro, o pedreiro Fábio Lourenço da Silva, de 35 anos, do 1º andar do apartamento onde o casal morava no bairro de Água Fria, na Zona Norte do Recife.

Segundo o delegado Sérgio Ricardo Vasconcelos, responsável pela investigação, a morte aconteceu por volta das 4h20 da madrugada da última segunda-feira (24), após uma discussão por causa de bebida alcoólica.

“Márcia estava no apartamento bebendo com Fábio e com o irmão dele. Durante a madrugada, ela pediu para que o cunhado fosse comprar cerveja fiado e deu a identidade dela para que ele fizesse a compra”, comentou.

O delegado explicou que, após o irmão do suspeito sair do apartamento para comprar a bebida, o companheiro da vítima, com quem ela mantinha um relacionamento havia 6 meses, começou a agredi-la, quebrando garrafas de vidro nela.

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“Fábio não gostou do pedido de Márcia, e, momentos depois de praticar a agressão, ele empurrou ela do corredor do 1º andar do prédio, que sofreu uma pancada forte na cabeça. Após o ocorrido, o homem desceu do apartamento e encontrou seu irmão, que estava voltando da venda. Ele disse para o irmão que tinha feito uma besteira, que tinha que sair dali rapidamente e entrou no próprio carro, fugindo do local”, detalhou.

Ainda de acordo com o delegado, o homem foi parar em um posto de gasolina, mas minutos depois voltou ao local do crime, quando percebeu a presença do Samu na área e fugiu para a casa da mãe, localizada no mesmo bairro.

Márcia chegou a ser socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de Nova Descoberta, também na Zona Norte do Recife, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Antes disso, segundo o delegado, ela falou para a mãe que o marido seria o autor do empurrão. 

“A mãe da vítima indicou a casa da mãe do suspeito como um local para possível fuga. Fomos, o encontramos lá, o autuamos em flagrante e o encaminhamos para prestar depoimento do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Durante o depoimento, ele negou a autoria do crime, mas o irmão dele contou o que Fábio tinha dito ao encontrá-lo após o crime, sobre ter feito uma besteira, o que confirmou a autoria do suspeito no feminicídio", afirmou.

De acordo com a delegada da Delegacia da Mulher Ana Elisa Sobreira, Márcia era constantemente agredida pelo companheiro, que já havia quebrado o braço dela após  discussão. Em 2018, uma ex-companheira do mesmo homem registrou uma queixa contra ele na Delegacia da Mulher do Recife depois ser também agredida pelo suspeito.

“Márcia não chegou a registrar nenhuma queixa contra o companheiro, e as constantes agressões acabaram levando-a à morte. Esse caso serve como um alerta para que mulheres que passam por situações parecidas possam denunciar, romper com esse ciclo de violência e não serem mortas”, alertou.

Fábio Lourenço da Silva foi encaminhado para audiência de custódia, onde o juiz converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva pelo crime de feminicídio. Ele foi encaminhado para o Centro de Triagem em Abreu e Lima (Cotel), em Abreu e Lima.

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