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Saúde

Copa do Mundo feminina: 25 das principais jogadoras perderam a competição por lesão no LCA; entenda

Segundo estudo, atletas do sexo feminino têm duas a oito vezes mais chances de romper o ligamento cruzado anterior (LCA) em comparação aos homens

Lorena da Silva, do Grêmio, foi convocada mas não pôde jogar na Copa por conta de uma lesão no LCALorena da Silva, do Grêmio, foi convocada mas não pôde jogar na Copa por conta de uma lesão no LCA - Foto: Reprodução/Instagram

A Copa do Mundo Feminina, evento que reúne as principais jogadoras de todo mundo, este ano na Austrália, sofreu um grande desfalque nos times por conta de diversos casos de rompimento do ligamento cruzado anterior (LCA) presente no joelho. No total, 25 jogadoras ficaram de fora da competição devido ao problema de saúde.

Infelizmente, 30% das atletas que rompem o ligamento cruzado anterior não retornam ao esporte e, mesmo que o façam, 15% sofrem uma nova ruptura . Mesmo após o tratamento e o retorno ao esporte, as pessoas que rompem o LCA têm seis vezes mais chances de desenvolver osteoartrite de início precoce , uma doença articular degenerativa caracterizada por dor e perda de função.

No time brasileiro, duas jogadoras sofreram a lesão antes embarcar para o mundial. Ficaram de fora a goleira Lorena da Silva, titular do Grêmio, que precisou operar o joelho esquerdo, e a atacante Ludmilla da Silva, do Atlético de Madrid, lesionada após um clássico contra o Real Madrid.

Segundo um estudo publicado na revista British Journal of Sports Medicine, atletas do sexo feminino têm duas a oito vezes mais chances de romper o ligamento cruzado anterior (LCA) em comparação aos homens. A pesquisa também aponta que suas chances de retornar ao esporte dentro de um período de cinco anos são 25% menores.

Como acontece o rompimento?
Os dados apresentados alertam para a gravidade dos riscos de rupturas, principalmente em jogos competitivos onde cada passe de bola representa uma chance de pontuação. O rompimentos do LCA são ocasionados geralmente em movimentos que envolvem giros e mudanças rápidas de direção, como em um momento de desarme do adversário. Logo em seguida, é possível sentir ou ouvir um estalo quando o ligamento se rompe, além disso, se forma um inchaço significativo nas articulações dentro de algumas horas.

O tratamento necessário envolve a fisioterapia, exercícios especializados ou cirurgia, a depender da gravidade de cada caso. Nos casos de intervenção cirúrgica, o LCA é reconstruído usando um pedaço de tendão colhido dos músculos da própria pessoa. Em condições consideradas ideais, a recuperação completa de uma ruptura do LCA leva de nove a 12 meses.

Maior risco e menos recursos
Segundo os especialistas em reabilitação Jackie Whittaker, Christina Le e Linda Truong, em artigo para o site The Conversation, mesmo após o fim do tratamento e o eventual ao esporte, as pessoas que rompem o LCA têm seis vezes mais chances de desenvolver osteoartrite de início precoce, uma doença articular degenerativa caracterizada por dor e perda de função. Além disso, uma pesquisa mostra que 30% das atletas que rompem o ligamento cruzado anterior não retornam ao esporte e, ainda que voltem, 15% delas sofrem uma nova ruptura.

"A rápida profissionalização do futebol feminino também levou a maiores exigências físicas das jogadoras e a um maior risco de lesões. No entanto, o ambiente esportivo não tem acompanhado, carecendo de recursos, instalações e treinamento adaptados às necessidades das atletas femininas", escrevem.

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