CPRH investiga origem de substância encontrada na Praia do Paiva
A CPRH nega que a substância tenha alguma ligação com o vazamento de óleo que aconteceu na Refinaria Abreu e Lima
Uma substância nas cores bege e preta foi encontrada nas águas da Praia do Paiva, no município do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, na terça-feira (3). O registro da poluição foi feito através de fotos e vídeos no perfil do Facebook da Surfe Nordeste, empresa de comunicação voltada para esportes radicais.
Com tristeza, Regi Galvão, diretor da Surfe Nordeste, lamentou a poluição causada pelo material. “Aqui é um dos lugares mais bonitos de Pernambuco e agora acontece isso. Algumas das melhores ondas do Estado estão ameaçadas por todo esse óleo”, afirmou.
Frequentador há 45 anos da Praia do Paiva, Regi acredita que a substância seja proveniente do vazamento de óleo registrado na Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, RMR, na terça-feira (27). De acordo com o surfista, o óleo teria sido trazido para as areias da praia juntamente com uma grande quantidade de lixo por uma corrente influenciada por ventos que provém do sul.
A denúncia foi recebida pela Agência Estadual de Meio Ambiente, que, questionada, afirmou que o material não tem relação alguma com o vazamento de óleo registrado na refinaria.
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“A CPRH está investigando qual a origem da substância. Nesta época do ano é comum que aconteça a Floração de Algas, e a suspeita é de que a mancha branca vista nos vídeos tenha relação com esse fenômeno, já os resquícios pretos podem estar ligados aos piches encontrados nas praias do litoral nos últimos dias”, afirmou o diretor de Controle de Fontes Poluidoras do órgão, Eduardo Elvino.
A substância está sendo analisada pelo órgão e um resultado conclusivo deve estar pronto em três dias.