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Delegada pede que crimes de violência contra a mulher sejam denunciados

Ações de prevenção e combate à violência contra mulher foram abordadas nesta quinta-feira (8) pela delegada Gleide Ângelo

Delegada Gleide ÂngeloDelegada Gleide Ângelo - Foto: Jedson Nobre/Folha de Pernambuco

Ações de prevenção e combate à violência contra mulher foram abordadas nesta quinta-feira (8) pela delegada Gleide Ângelo, gestora do Departamento de Polícia da Mulher (Dpmul). Durante o evento “Mulher, Conheça a sua Delegacia da Mulher”, realizado das 6h30 às 13h, na rua do Pombal, ao lado da Delegacia de Santo Amaro, na área Central do Recife, a investigadora destacou o papel fundamental que os familiares, amigos e pessoas próximas têm no combate ao crime.



“Todo o mundo pode denunciar violência contra a mulher. Sabemos que a maioria desses crimes acontece entre quatro paredes. As pessoas próximas devem ajudar. O combate deve ser feito para que seja evitado o feminicídio”, comentou Gleide Ângelo. De acordo com Gleide, quando a vítima apresenta fragilidade emocional, ela é encaminhada ao Centro de Referência Clarice Lispector. Em casos de lesão corporal, o Hospital da Mulher.

"É preciso que as pessoas fortaleçam as mulheres e não as deixem sofrer sozinhas. Até porque quem sofre sozinha, morre sozinha", ressaltou a delegada. O combate à violência contra as mulheres abrange o estabelecimento e cumprimento de normas que garantam a punição e a responsabilização dos autores de violência, mas compreende também as dimensões da prevenção da assistência e da garantia dos direitos das vítimas.

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A delegada lembrou o caso de estupro ocorrido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife. O médico Kid Nélio Souza de Melo, de 35 anos, foi preso após a denúncia de uma vítima de 18 anos. Em seguida, pelo menos, outras 12 mulheres estiveram na delegacia para denunciar o mesmo crime. "As outras denúncias só surgiram quando uma vítima teve a iniciativa. Se não tivesse a primeira, não haveria as outras e, consequentemente, não conseguiríamos justiça. Então, é fazer como essa vítima fez. Procurar, acreditar e confiar. Se você não tem coragem de ir sozinha, conte pra um amigo ou familiar, mas procure ajude", finalizou Gleide.

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