Seg, 10 de Novembro

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Depois do Rio, operação policial mira expansão do Comando Vermelho em Salvador

Série de reportagens "Conexões do Crime", publicada pelo Extra, mostrava que a facção criminosa estava presente no Distrito Federal e em 25 estados brasileiros, incluindo a Bahia

Megaoperação policial no Rio deixou mais de 120 mortosMegaoperação policial no Rio deixou mais de 120 mortos - Foto: Pablo Porciuncula/AFP

Uma semana depois da megaoperação para conter a expansão do Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou nas mortes de quatro policiais e de 117 suspeitos, a Bahia faz uma ação na manhã desta terça-feira para desarticular o núcleo armado e financeiro da mesma facção criminosa no estado. Batizada de Operação Freedom, já resultou na prisão de mais de 30 pessoas, segundo o g1.

A série de reportagens "Conexões do Crime" publicada pelo Extra, a partir do dia 19 de outubro, mostrava que o CV estava presentes no Distrito Federal e em 25 estados brasileiros, incluindo a Bahia. Na operação desta manhã, que está sendo realizada em cidades da Região Metropolitana de Salvador e também no Ceará, estão sendo cumpridos 90 mandados judiciais.

Ainda segundo o g1, um dos presos durante a ação é um baiano apontado pela polícia como chefe da facção criminosa em Salvador. A companheira dele seria responsável pelo controle financeiro da mesma facção e também foi presa. O casal de suspeitos não tiveram seus nomes divulgados. Ambos estavam escondidos na cidade de Eusébio, localizada na Região Metropolitana do Ceará.

Segundo a polícia baiana, os investigados são suspeitos de homicídios e da expansão do tráfico de drogas em Salvador e outras cidades da região. A expectativa é de que os cumprimentos dos mandados judiciais ajudem a solucionar ao menos 30 assassinatos ocorridos em Salvador.

A série de reportagens do Extra mostrou ainda que além de espalhar seus tentáculos para outros estados, o CV transformou o Rio num espaço de intercâmbio, onde chefes da facção espalhados pelo Brasil ganharam blindagem e passaram a controlar territórios à distância, escondidos nos grandes complexos cariocas, o que deu estabilidade aos negócios.

A lista dos suspeitos mortos na megaoperação da semana passada dá uma pequena mostra disso: dos mortos, 12 era apontados pela polícia como lideranças da facção e suas regiões e estados.

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