Descartado o envolvimento da Refinaria Abreu e Lima com o piche nas praias do Nordeste
De acordo com os órgãos, há a possibilidade que o material tenha sido descartado por um navio cargueiro a mais de 100 quilômetros da costa litorânea, pela dimensão do impacto ambiental
A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) descartaram a possibilidade de envolvimento da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, no Grande Recife, com o piche encontrado em praias de cinco estados do Nordeste - Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
De acordo com os órgãos, há a possibilidade que o material tenha sido descartado por um navio cargueiro a mais de 100 quilômetros da costa litorânea, pela dimensão do impacto ambiental. O material começou a ser identificado nas primeiras praias, em Ipojuca e Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), na semana passada.
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A principal hipótese é de que o piche tenha sido descartado em águas oceânicas há mais de um mês, tendo uma desconexão com o evento ocorrido na unidade da Rnest. Desde a sexta-feira (6) passada, quando se reuniram, os órgãos ambientais do Estado trabalham em conjunto com imagens de satélite do Porto de Suape e da unidade de georreferenciamento da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
As imagens vão subsidiar o Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Com o material coletado, os pesquisadores poderão fazer os cálculos do local de lançamentos dos despejos.
Quanto ao Ibama, o órgão explicou que a coordenação de emergência ambiental está em Brasília para acionar a verificação oceânica. Uma equipe especializada está fazendo vistorias nos estados atingidos. Já os órgãos ambientais de Pernambuco vão fazer uma orientação aos municípios sobre como proceder em caso de aparecimento de manchas de piche nas praias.