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Divisão dos espaços será o maior desafio da Oposição

É mais fácil o PTB entender-se com o PSDB e o DEM do que com o senador Fernando Bezerra

Inaldo SampaioInaldo Sampaio - Foto: Colunista

A julgar pelo ato de Caruaru, realizado no último dia 28, o palanque da Oposição está montado para as eleições de 2018. O principal líder é o senador Armando Monteiro, aspirante ao governo estadual, tendo na sua retaguarda os ministros Mendonça Filho, Bruno Araújo e Fernando Filho, o senador Fernando Bezerra e os ex-governadores Joaquim Francisco e João Lyra Neto. Também estarão nesse bloco, por tabela, os prefeitos Raquel Lyra (Caruaru) e Miguel Coelho (Petrolina) e outros do PSDB e PSB que seguem a liderança política do ministro das Cidades. O problema, daqui para frente, é a divisão dos espaços para que todos sejam contemplados. Isto é, quem será candidato a quê? Óbvio que estão disponíveis a vaga de vice, além de duas para o Senado. Mas no caso de Fernando Bezerra, por exemplo, apoiaria Armando agora sem ter direito de indicar o vice, ou sem o compromisso dele de apoiá-lo em 2022? Provavelmente, não. Por isso se presume desde já que essa composição interna será bastante complicada. Com relação ao Senado, há três candidatos para duas vagas: Mendonça Filho, Bruno Araújo e João Lyra Neto. Mas é mais fácil compor com esses três do que com o senador de Petrolina.

O plano B é Haddad
Em entrevista, ontem, à Rádio CBN do Recife, a senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse que o PT não tem “plano B” para 2018. O candidato é Lula, e ponto final. Só que não é isto que o ex-presidente tem dito em sua peregrinação pelo Nordeste. Ele já admitiu que se não puder ser candidato, a bola da vez será o ex-prefeito Fernando Haddad (SP).

Recepção > Lula está sendo esperado hoje em Ouricuri para participar de um ato público na Praça Voluntários da Pátria. O prefeito Ricardo Ramos, filiado ao PSDB, não irá recebê-lo. Essa tarefa será do prefeito de Granito, João Bosco (PT), ex-superintendente da Codevasf em Petrolina.

Pressão > Como presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf, o deputado Danilo Cabral (PSB) tem encontro marcado, amanhã, no Recife, com o presidente Sinval Zaidan. A Chesf, que gera 10% da energia consumida no país, está ameaçada de privatização. Mas uma reação em bloco dos governadores do Nordeste pode levar Michel Temer ao recuo.

Só em 2018 > Convidado pela prefeita Raquel Lyra (Caruaru), o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), foi ao ato de Caruaru, segunda passada, e ainda esnobou: “Só discuto eleições em 2018”. Ele já avisou a Paulo Câmara que não o apoiará à reeleição se Raul Henry (PMDB) for mantido como vice.

Medalha >
Antes de deixar ontem o Ceará, Lula recebeu a medalha Bárbara de Alencar (revolucionária de 1817 e parente de Miguel Arraes e do deputado Tadeu Alencar) na Câmara Municipal do Crato. O governador Camilo Santana (PT) não participou da solenidade, nem admitiu apoiá-lo em 2018, porque seu candidato preferencial é Ciro Gomes (PDT).

Adeus >
Foi sepultado ontem no cemitério Morada da Paz, em Paulista, o corpo do médico e ex-deputado estadual Inaldo Lima, que completaria 91 anos de idade agora em setembro. Ele foi cassado em 1969 pelo regime militar, perdendo o mandato e os direitos políticos. E só voltou à Assembleia Legislativa em 1987 após a Lei de Anistia.

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