Doença da banana é identificada em plantação no interior de Minas Gerais
Secretaria de Agricultura prevê adoção de medidas rigorosas de controle sanitário, mas diz que ressurgimento da doença não representa um risco imediato para a produção
Um foco de Sigatoka Negra, doença provocada por fungos que compromete a produtividade das plantações de banana, foi identificado em uma propriedade em Jaíba, no Norte de Minas Gerais, informou a Secretaria de Agricultura do Estado na terça-feira. Não existe risco para a população relacionada ao consumo da fruta.
A descoberta foi realizada durante uma fiscalização de rotina do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). O maior dano provocado pela praga, se não for controlada adequadamente, é a morte prematura das folhas, que causa redução da área foliar, e leva a perdas na produtividade e qualidade do plantio.
A consequência para a planta acometida pela doença é a diminuição do número de pencas por cacho, redução do tamanho do cacho e maturação precoce dos frutos no campo ou mesmo durante o transporte. O último caso de Sigatoka Negra em áreas de grande produção de bananas em Minas havia sido registrado em 2007.
Leia também
• Suco de fruta pode aumentar ou diminuir efeitos de medicamentos; entenda os riscos
• Fruta com melatonina pode ajudar a regular o ciclo do sono; saiba qual é
Segundo a Secretaria de Agricultura, todas as medidas de contenção já foram definidas em parceria com o IMA, além da pasta de Pecuária e Abastecimento (Seapa), com anuência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e serão implementadas imediatamente.
"O surgimento deste foco reforça a necessidade de medidas rigorosas de controle sanitário, mas não representa um risco imediato para a produção de banana no estado", diz o comunicado da Secretaria.
Eles acrescentam que todos os produtores de banana do município deverão aderir ao protocolo de mitigação de riscos disponível no site do IMA ou nos escritórios regionais. Aqueles que não o fizerem, sofrerão restrições sanitárias, e serão impedidos de comercializar as frutas. Também haverá fiscalização de trânsito de cargas.
Veja outras medidas sanitárias que estão sendo adotadas:
Levantamento fitossanitário no raio de 1 km da propriedade afetada, com inspeção de 100% das áreas produtivas;
Monitoramento ampliado em um raio de até 10 km, abrangendo pelo menos 50% das propriedades bananicultoras;
Notificação dos produtores da região, que devem aderir ao Sistema de Mitigação de Riscos da Sigatoka Negra;
Verificação e atualização dos cadastros das Unidades de Produção (UPs) para garantir o mapeamento das áreas de cultivo;
Reunião com responsáveis técnicos (RTs) que emitem Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) para reforçar os protocolos de segurança sanitária;
Fiscalização intensificada no trânsito de cargas e caixarias, a fim de evitar a propagação da doença para outras regiões;
Toda e qualquer plantação de banana abandonada na região será eliminada, conforme prevê a legislação sanitária vigente.