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Dois acusados da morte do médico Artur Eugênio vão a júri popular

Julgamento de Cláudio Amaro Gomes Júnior e Lyferson Barbosa da Silva deve durar sete dias

Tom Zé celebra 80 anos com shows no RecifeTom Zé celebra 80 anos com shows no Recife - Foto: Reprodução

Dois envolvidos no assassinato do médico Artur Eugênio de Azevedo começaram a ser julgados nesta quarta-feira (21), no Fórum de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. O destino de Cláudio Amaro Gomes Júnior e Lyferson Barbosa da Silva deve ser definido em sete dias. No julgamento, serão ouvidas quatro testemunhas. Duas foram arroladas pelo MPPE, uma pela defesa e uma pelo assistente de acusação.

A sessão é presidida pela juíza Maria de Albuquerque Alves, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Jaboatão. Os pais de Artur Eugênio, Alvino Luiz e Maria Evanir, acompanham o júri junto com a viúva do cirurgião, Carla Azevedo, e outros amigos e familiares.

Antes de entrar para a sessão o advogado de defesa comentou o caso: "Pretendemos trazer aos jurados a verdade. O cancelamento do julgamento desmarcado anteriormente foi por motivos de saúde e não uma tática da defesa. Vamos mostrar falhas gritantes na perícia e vou permanecer com apenas uma testemunha", afirma.

A promotora Dalva Cabral comentou as expectativas para o julgamento minutos antes do início: "Nós temos um acervo probatório amplo. Hoje é um dia importante porque serão ouvidas as testemunhas arroladas. Temos uma segurança imensa de que se fará justiça e hoje é o primeiro grande passo".

Família 

A viúva do cirurgião, Carla Azevedo, pediu que os acusados fossem retirados da sala enquanto ela estivesse depondo. "Eu optei por pedir a eles [Cláudio e Lyferson] saírem para me sentir mais à vontade. Fiquei com medo de sofrer. Fiquei com medo da dor de falar olhando pra eles", disse. "Eu arrumo forças pelo nosso filho. Sei que Artur está orgulhoso de mim", completou.

Ela relatou a convivência de Artur, falou dos problemas, da quebra da sociedade e falou, inclusive, que Cláudio esteve no velório e chegou a abraçar os pais de Artur.

Carla afirmou que Cláudio falava sobre violência, dando a entender que Artur pudesse ter sido morto num assalto. A mãe de Artur não quis falar. O pai disse que espera justiça para o filho.

Investigações

O delegado Guilherme Caraciolo, responsável pelas investigações do caso, foi a segunda testemunha arrolada pelo MPPE a ser ouvida. Ele falou que, desde o começo, trabalhou com a hipótese de que a morte tivesse sido por desavenças profissionais, já que Artur Eugênio era muito querido por todos. Ele não descartou, no entanto, a hipótese de latrocínio, já que alguns pertences da vítima foram levados.

Caraciolo lembrou que soube das desavenças do médico com Cláudio Amaro Gomes. Ele explicou toda a dinâmica do crime: como rastreou as ligações telefônicas dos acusados, como conseguiu ver que Cláudio Jr esteve presente em todos os locais (Hospital das Clínicas, Hospital Português e no bairro da Guabiraba, onde o carro foi encontrado). Falou também da descoberta de que o pai deu dinheiro para que o filho contratasse o executor e um ajudante - eles teriam recebido, respectivamente, R$ 20 mil e R$ 13 mil.

Adiamento

O julgamento ocorreria no último dia 14, mas terminou sendo adiado após um dos advogados dos acusados apresentar um atestado médico.

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