Duas horas depois de a Anvisa ter aprovado, por unanimidade, a autorização emergencial da vacina CoronaVac para crianças e adolescentes de 6 anos a 17 anos, o governo de São Paulo aplicou a primeira dose do imunizante em alunos da Escola Estadual Brigadeiro Faria Lima, na capital paulista.

O primeiro a ser vacinado foi Caetano Jesus Martins Moreira, de 10 anos. Ele estava acompanhado da avó, Ângela.

— Estou emocionada de ver ele ser vacinado. Viva a vida — diz a avó.

A expectativa do governo do estado é vacinar em até três semanas todas as crianças com até 11 anos no estado, um número equivalente a cerca de 250 mil.

O Instituto Butantan, que produz a CoronaVac em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, havia pedido à Anvisa a liberação do uso da vacina em crianças a partir de 3 anos, mas a área técnica da Anvisa afirmou que os dados obtidos de estudos feitos em países como China e Chile permitiam a concessão da autorização apenas a crianças com mais de 6 anos, e sem comprometimento do sistema imune.

O Butantan havia enviado o pedido à Anvisa no dia 15 de dezembro do ano passado, embasado em estudos de segurança e resposta imunológica vindos de países como Chile, China, África do Sul, Tailândia e também do Brasil, segundo o instituto.

Em nota, o Butantan afirma que a CoronaVac é cientificamente comprovada como a vacina mais segura e com menos efeitos adversos, “além de ser a vacina mais utilizada em todo o mundo, com mais de 211 milhões de doses administradas no público infantil e juvenil (de 3 a 17 anos) somente na China”.

Veja também

JORNALISMO

Estudo relata violência contra jornalistas e comunicadores na Amazônia

URBANISMO

Edifício Holiday, na Zona Sul do Recife, é avaliado em mais de R$ 34 milhões para leilão

MIGRANTES

Naufrágio na costa do Djibuti deixa 16 mortos e 28 desaparecidos

GUERRA

Exército israelense mata dois integrantes do Hezbollah no Líbano

CHUVA

China emite alerta máximo para chuvas após grandes inundações no sul