É preciso se preparar para a próxima pandemia como para a guerra, alerta Bill Gates
'O mundo precisa gastar bilhões para salvar bilhões (e evitar milhões de mortes)', afirmou o magnata
O filantropo e bilionário Bill Gates alertou que o mundo deve se preparar para a próxima pandemia como se fosse uma guerra, o que inclui o investimento de dezenas de bilhões de dólares a cada ano em medidas de prevenção, em uma carta publicada, nesta quarta-feira (27).
"Não podemos nos permitir ser pegos de surpresa novamente", escreveram o cofundador da Microsoft e sua esposa, Melinda, em uma carta anual.
"A ameaça da próxima pandemia sempre estará pairando sobre nossas cabeças, a menos que o mundo tome medidas para prevenir-se."
Para evitar uma destruição futura das mesmas proporções da causada pela Covid-19, "a preparação para uma pandemia deve ser levada tão a sério quanto levamos a ameaça de guerra", disse Gates.
“Parar a próxima pandemia exigirá gastos de dezenas de bilhões de dólares por ano, um grande investimento, mas lembre-se que a pandemia da covid-19 deve custar ao mundo 28 trilhões de dólares”, acrescentou.
"O mundo precisa gastar bilhões para salvar bilhões (e evitar milhões de mortes)."
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O americano, considerado a terceira pessoa mais rica do mundo de acordo com a Forbes, pediu aos países ricos que forneçam a maior parte do investimento, lembrando que seus governos serão os mais beneficiados pelas medidas.
Os investimentos em diagnósticos futuros e tecnologias de vacinação devem ser complementados por "um sistema de alerta global, que não temos hoje em grande escala", permitindo que as epidemias sejam detectadas e respondidas rapidamente, afirma a carta.
Gates já havia soado o alarme sobre o risco de epidemias globais em uma conferência TED em 2015.
Agora, o bilionário defende a criação de uma equipe de cerca de 3.000 profissionais devidamente formados, uma espécie de “bombeiros” pandêmicos, disponíveis e em permanente alerta.
A Fundação Bill & Melinda Gates já investiu 1,75 bilhão de dólares para combater a nova pandemia de coronavírus, bem como para promover e financiar projetos de vacinação em países em desenvolvimento.