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Egito quer taxar influenciadores nas redes sociais

Serviço de impostos do ministério da Fazenda pediu no sábado em um comunicado que "blogueiros e 'youtubers'" declarem seus rendimentos

Tela de celular com logotipo do YouTubeTela de celular com logotipo do YouTube - Foto: Pexels

O Egito anunciou que pretende taxar blogueiros e outros "youtubers", funções não regulamentadas até agora, o que provocou reações, neste domingo (26), nas redes sociais do país, muito populares entre os egípcios.

O serviço de impostos do ministério da Fazenda pediu no sábado em um comunicado que "blogueiros e 'youtubers'" declarem seus rendimentos caso tenham sido de "pelo menos 500.000 libras egípcias em 12 meses", ou seja, mais de 32.000 dólares.

Os internautas se mostraram divididos com o anúncio. "Os pobres que vendem verduras têm que pagar impostos, assim podemos taxar os ricos", tuitou um usuário.

"Para conseguir microfones e câmeras de qualidade, os influenciadores têm que fazer compras caras com despesas de alfândega e impostos. Ao invés de ajudá-los, o Estado os esmaga", afirmou outro usuário do Twitter.

O astro da televisão Amr Adib, conhecido por suas posições alinhadas ao poder, se opôs publicamente às autoridades pela primeira vez. "Quantos influenciadores há?", perguntou. "Enquanto o ministro da Fazenda sabe muito bem que milhões de pessoas não pagam seus impostos, [mantendo] silêncio absoluto". 

Por sua vez, um encarregado do serviço de impostos disse à TV pública que o governo mantém contato com as gigantes da internet, convocando Facebook e YouTube para tentar identificar os produtores de conteúdo que geram receita.

O Egito, o mais populoso dos países árabes, com 102 milhões de habitantes, tem cerca de 60 milhões de internautas, dos quais 49 milhões têm conta nas redes sociais, segundo a página na internet DataReportal.

Trata-se de um ambiente importante tanto para as marcas que recorrem aos influenciadores para promover seus produtos quanto para o Estado, que nos últimos anos aprovou leis para bloquear portais considerados uma ameaça à segurança nacional e para vigiar as contas pessoais com mais de 5.000 seguidores.

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