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[EM APURAÇÃO] Corrente do bem

Desde o começo da quarentena, vários profissionais da medicina publicaram uma mensagem em suas redes sociais, se disponibilizando para tirar dúvidas

Humberto ArrudaHumberto Arruda - Foto: Claudio Mello / Divulgação

Garantir que a população se informe de maneira confiável com relação ao novo coronavírus e formas de combatê-lo tem sido a missão de vários setores da sociedade neste momento. Médicos, por sua vez, cumprem um papel importantíssimo tirando dúvidas, pela internet, sobre como o vírus se dissemina e como a doença pode ser tratada. O médico Humberto Arruda tomou a iniciativa de juntar um grupo de colegas, todos da área de saúde, para esclarecer a população acerca da Covid-19. Pelo seu instagram (@drhumbertoarruda), ele faz vídeos e responde perguntas feitas pelos seus seguidores, tranquilizando e orientando a cerca da doença. “Essa ideia nasceu por que eu estava com a preocupação de pessoas irem ao hospital, correndo risco de se contaminar, por deixarem as unidades lotadas, sem necessidade de atendimento emergencial”, explicou.

O grupo criado por Humberto é formado por dez especialistas em clínica geral, nutrologia, neurologia, cardiologia, ginecologia, psiquiatria, pediatria, entre outras. Quando não é uma pergunta de sua área, medicina preventiva e nutrologia, o profissional aciona o médico do grupo que tem maior pertinência com relação ao assunto questionado. “Tudo é feito de forma gratuita, com a intenção de informar as pessoas, por uma fonte de confiança. Precisamos combater as informações falsas, as pessoas precisam evitar acreditar em todo tipo de notícias ruins”, contou Humberto.

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Assim como Humberto, vários profissionais de saúde disponibilizaram o inbox de suas redes sociais para tirar dúvidas sobre a doença. Desde o começo da quarentena, vários profissionais da medicina publicaram uma mensagem em suas redes sociais, se disponibilizando para tirar dúvidas. “Olá a todos! Sou médica. Se alguém tiver alguma dúvida em relação ao coronavírus (covid-19), que possa ser resolvida sem precisar se dirigir a um pronto socorro ou emergência de hospitais, poderá me consultar, sem custo, por mensagem no particular. Esta é uma iniciativa dos profissionais da saúde, para evitar saturar o nosso sistema. Fiquem em casa! Vamos colaborar! Vamos todos cuidar de nós mesmos”, diz a mensagem compartilhada por Ludymilla Santos (@ludymillabya), médica que atua no Sistema Único de Saúde (SUS).

Não se sabe onde começou a corrente, mas sua importância é vital em momentos onde a informação e orientação salvam vidas. A teleorientação, que foi autorizada pelo Conselho Federal de Medicina em fevereiro, por conta da pandemia, está ajudando a não superlotar as emergências das unidades de saúde. “O coronavírus é um vírus que causa sintomas semelhantes ao de um resfriado comum, ou seja: tosse, nariz entupido ou escorrendo, febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor de garganta, entre outros. Por isso é difícil diferenciar essas infecções. Porém o tratamento de um caso leve de coronavírus e de um resfriado comum é o mesmo: remédios chamados de sintomáticos (analgésicos e antitérmicos), hidratação, boa alimentação e cuidados de higiene”, instruiu a médica Ludymilla.

Ir ao hospital com sintomas não urgentes pode servir apenas para disseminar mais o vírus. “Caso você esteja com a doença, vai correr o risco de contaminar várias pessoas no transporte, na recepção da emergência, os profissionais de saúde que vão lhe atender e, no fim, o tratamento que irá receber lá será o mesmo: analgésicos e antitérmicos. Você só espalhou o vírus por aí. Mas, se for só um resfriado você ficou na rua exposto a se infectar pelo coronavírus de alguém que de fato o tem”, exemplificou a médica. Por conta disso, ficar em casa é a forma mais eficaz de controlar a pandemia.

Assim como Ludymilla, Patrícia Lima (@patyliima_) abriu sua rede social para tirar dúvidas da área de saúde. Médica atuante em Ipojuca, ela orienta evitar emergências. “A maioria das pessoas estava lotando as unidades de saúde para tirar dúvidas que estou tirando agora, pelas redes sociais”, informou. Segundo Patrícia, praticar a teleorientação gratuitamente é importante para que as emergências não fiquem aglomeradas e se tornem um lugar ainda mais transmissor do vírus.

“A maioria das transmissões estão vindo de pessoas assintomáticas e isso acaba fazendo com que elas transmitam para os outros, nas suas rotinas normais”, falou Patrícia. No atendimento diário da unidade de saúde em que trabalha, a médica orienta a não circulação de pessoas, por esse motivo.

Pelo instagram do médico Humberto Arruda (@drhumbertoarruda), dúvidas podem ser tiradas com mais de 10 médicos de diversas especialidades. As médicas Ludymilla Santos e Patrícia Lima disponibilizaram seus perfis pessoais para a ação: @ludymillabya e (@patyliima_).

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