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Em entrevista de 1993, Geisel diz que Bolsonaro era mau militar que pedia volta da ditadura

Na entrevista, Geisel ainda afirmou que os "militares devem ficar fora da política partidária, mas não da política geral"

Ernesto Geisel, ex-presidente da RepúblicaErnesto Geisel, ex-presidente da República - Foto: Reprodução/Wikipedia

Em entrevista realizada em 1993, Ernesto Geisel, quarto presidente da ditadura militar brasileira, afirma que Jair Bolsonaro é um mau militar que pedia um novo golpe.

Esses trechos voltaram a circular nas redes sociais nos últimos, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial. Bolsonaro (PSL) lidera adisputa para o Planalto, com 56% dos votos válidos, contra 44% de Fernando Haddad (PT).

Os pesquisadores Maria Celina D´Araujo e Celso Castro entrevistaram Geisel (1907-1996) ao longo de várias sessões entre 1993 e 1996. O material foi editado em livro publicado pela Fundação Getulio Vargas.

As passagens que citam Bolsonaro são de depoimento concedido em 28 de julho de 1993, durante o governo de Itamar Franco. À época Bolsonaro era deputado federal.

Nesses trechos da entrevista, Geisel afirmou que os "militares devem ficar fora da política partidária, mas não da política geral". Segundo ele, todo político que começa a se "exacerbar em sua ambições" logo imagina uma revolução a cargo das Forças Armadas.

"Neste momento em que estamos aqui conversando, há muitos dizendo: 'Temos que dar um golpe. Temos que derrubar o presidente! Temos que voltar à ditadura militar!' E não é só o Bolsonaro, não! Tem muita gente no meio civil que está pensando assim", disse o presidente.

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Um pouco depois na conversa, Geisel destacou que a vinculação dos militares com a política era tradicional, mas que, em sua opinião, essa interferência diminuiria à medida em que o país se desenvolvesse.

"Presentemente, o que há de militares no Congresso? Não contemos o Bolsonaro, porque o Bolsonaro é um caso completamente fora do normal, inclusive um mau militar. Mas o que há de militar no Congresso? Acho que não há mais ninguém."

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