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Em Sevilha, socialistas espanhóis fecham fileira em torno de Pedro Sánchez

O primeiro-ministro espanhol, Pedro SanchezO primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez - Foto: Oscar Del Pozo / AFP

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) realiza a partir desta sexta-feira (29) em Sevilla seu 41º congresso, no qual se espera que o presidente Pedro Sánchez reforce ainda mais seu controle sobre o partido, em um momento de fraqueza por causa das acusações de corrupção em seu entorno.

O último exemplo de fechar fileiras foi a renúncia, na quarta-feira, do responsável pela federação do partido na Comunidade de Madri, Juan Lobato.

Lobato se viu obrigado a deixar seu cargo após envolver uma conselheira do Palácio de la Moncloa, sede do governo, em um dos casos em que Sanchéz está envolvido há meses.

O ex-dirigente socialista compareceu nesta sexta-feira ante o juiz que investiga a origem dos vazamentos sobre um acordo negociado entre a Justiça e o companheiro da presidência conservadora da região de Madri, indiciado por fraude fiscal, para prejudicá-la.

Núñez Feijóo "não tem projeto para a Espanha", respondeu a número dois do PSOE e do governo, María Jesús Montero. "O único projeto que tem para a Espanha é derrubar Pedro Sánchez. É um projeto golpista, não é um projeto democrático, porque não aceita a legitimidade dos votos".

Sánchez será reeleito secretário-geral no domingo, pois não tem rival. Ele ocupa o cargo ininterruptamente desde 2017, embora antes disso tenha ocupado o cargo entre 2014 e 2016.

Originalmente programado para 2025, o congresso foi antecipado em um ano a pedido do chefe de governo, enfraquecido por escândalos e dificuldades em conseguir a adoção das medidas que deseja.

Isso se deve à falta de uma maioria clara no Parlamento, onde seu Executivo é apoiado pelo PSOE, pela formação de esquerda radical Sumar e por vários pequenos partidos catalães e bascos pró-independência.

Esse congresso do PSOE começa exatamente um mês após as trágicas enchentes que causaram 230 mortes no leste da Espanha.

Essa tragédia também é uma fonte de tensão entre o governo de Sánchez e a oposição de direita, que governa a Comunidade Valenciana, a região mais afetada. Ambos se acusam mutuamente de terem falhado em suas responsabilidades.

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