Embaixador israelense defende ataque no Catar apesar das críticas dos Estados Unidos
O movimento islamista palestino Hamas afirmou que seis pessoas morreram no ataque, incluindo o filho de um de seus principais negociadores
O embaixador de Israel na ONU afirmou nesta quarta-feira (10) que seu país nem sempre atua segundo os interesses dos Estados Unidos, após a crítica do presidente Donald Trump ao ataque contra os líderes do Hamas no Catar.
A Casa Branca informou na terça-feira que Trump não concordava com a ação militar israelense neste país aliado de Washington que, além disso, atua como mediador no conflito em Gaza.
A presidência dos Estados Unidos também garantiu que havia avisado seu aliado sobre o ataque, mas o Catar respondeu que não recebeu nenhuma informação antes da ação militar.
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"Nem sempre agimos no interesse dos Estados Unidos. Nós estamos em coordenação, eles nos dão um apoio incrível, nós apreciamos isso, mas às vezes tomamos decisões e informamos aos Estados Unidos", disse o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, a uma emissora de rádio de seu país.
"Não foi um ataque ao Catar, foi um ataque ao Hamas. Não estamos contra o Catar, nem contra nenhum país árabe, atualmente enfrentamos uma organização terrorista", acrescentou.
O movimento islamista palestino Hamas afirmou que seis pessoas morreram no ataque, incluindo o filho de um de seus principais negociadores, Khalil al Hayya, mas destacou que os dirigentes de alto escalão sobreviveram à ofensiva de Israel.
O Catar relatou a morte de um de seus agentes de segurança.
Danon afirmou que Israel "ainda aguarda os resultados" da operação. "É muito cedo para comentar o resultado, mas a decisão foi a correta", concluiu.

