Enem: muita atenção aos pensadores
Em Filosofia, professor do Colégio Marista São Luís chama atenção para revisão de provas anteriores
O projeto Folha Educa, uma parceria do Colégio Marista São Luís com a Folha de Pernambuco, traz a terceira matéria da série que aborda os conteúdos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Neste domingo, os assuntos são Filosofia e Sociologia, disciplinas da área de Ciências Humanas. Na próxima semana, os estudantes vão conferir dicas sobre Química e Física, que integram a prova de Ciências da Natureza. Acesse também as videoaulas.
Relacionando com temas da atualidade, é muito provável que o Enem aborde questões como a Indústria Cultural e Ética nas questões de Filosofia e Sociologia. A dica é dos professores Fábio Medeiros, de Filosofia, e Marcos Aratu, de Sociologia, do São Luís. Eles orientam os feras que estão se preparando para o exame a também revisar provas anteriores, pois filósofos já citados, como Aristóteles podem ser abordados de novo.
O pensador grego foi o primeiro teorizar sobre a Ética, conhecimento que está associado à compreensão da felicidade. “Como o homem é um ser social e político, a cada decisão tomada ele vai levar em conta a felicidade pessoal e a prática das virtudes sociais e políticas. O conceito de Ética nasce daí. Para ele, felicidade é necessariamente saber estabelecer um equilíbrio. No Enem isso pode vir como uma discussão sobre a felicidade, em um fragmento de texto de Aristóteles falando sobre a necessidade da busca do equilíbrio nas decisões”, aponta. Outra maneira do assunto ser abordado é envolvendo pensadores contemporâneos, como o sociólogo Zygmunt Bauman, que trata de conceitos sobre as incertezas das relações modernas no livro Amor Líquido.
Mesmo na preparação mais dedicada, os estudantes ficam apreensivos de confundir os nomes dos pensadores e as teorias. “Tem coisas que são muito parecidas”, diz Letícia Gomes, 17. “Também confundo fácil e a gente precisa ter um bom conhecimento”, observa a estudante Gabrielly Nascimento, 17. Para facilitar, é bom que o estudante ligue o nome do filósofo ao século e à ideia que ele defenda em linhas gerais.
O teor da prova de Sociologia do Enem é marxista e exige dos alunos uma visão social e análise crítica sobre as estruturas sociais, entre eles como a cultura e a indústria fazem paralelos. “Na segunda fase da Revolução Industrial, há um grande crescimento da educação, os jornais passam a dominar os grandes centros urbanos e, na Alemanha, um grupo de pensadores passa a analisar pontualmente como é que essa mídia interferia na sociedade”, conduz o professor de sociologia Marcos Aratu. Eles perceberam que a chamada grande mídia estava tomando conta da cultura, produzindo algo que fosse facilmente consumido. Nascia a Teoria Crítica para a Sociologia. “Tomo como exemplo a estrutura musical do País na década de 1980, quando havia nichos musicais. Quando teve lambada, era só lambada. Depois foi pagode, e era só pagode. Música sertaneja, e era só música sertaneja. Era o domínio sobre o controle dessa mídia”, argumenta Aratu.