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Espaço acolherá moradores de rua com suspeita de coronavírus

São 20 vagas disponibilizadas no Abrigo Emergencial do Recife. No momento o espaço abriga 3 usuários.

Ações de inclusão de moradores de rua no CaboAções de inclusão de moradores de rua no Cabo - Foto: Divulgação/ Cabo

Mirando no combate à disseminação do novo coronavírus, o Abrigo Emergencial do Recife acolheu três pessoas em situação de rua que apresentaram sintomas suspeitos. A Prefeitura do Recife (PCR) disponibilizou as 20 vagas do abrigo, que fica na Travessa do Gusmão, no bairro de São José, em acordo com a decisão anunciada pelo Comitê Resposta Rápida, montado pelo prefeito juntamente com as secretarias, para solucionar questões da Covid-19. O abrigo funciona como uma casa para os casos de isolamento domiciliar, contando com dormitório isolado, local para higiene pessoal, lavagem de roupas e também cinco refeições diárias.

Os moradores que acessarem o abrigo terão que ser encaminhados pelo serviço de saúde e também seguir orientações para o isolamento em domicilio. No local, eles são acompanhados por dois cuidadores por plantão, que aferem a temperatura deles para verificar se estão com febre. "Essa população é atendida por uma rede de serviços, como o de abordagem na rua e de assistência social. Foi pensando nesse público que foi disponibilizado esse serviço", contou a secretária Executiva de Assistência Social do Recife, Geruza Felizardo.

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Os moradores de rua são acompanhados também por meio de ações conjuntas da Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direito Humanos (SDSJPDDH) e da Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife. Entre os trabalhos realizados estão inclusas as equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social de Rua (SEAS), que circulam nos territórios da cidade, escutando os moradores, identificando violação de direitos e necessidades das pessoas para promover o acesso à rede de serviços socioassistenciais.

Como os leitos são individuais e isolados uns dos outros, a capacidade do atendimento no momento se restringe a 20 pessoas. A capacidade total do abrigo é de suportar pelo menos 120 usuários, devido às questões preventivas contra o vírus, cada dormitório está restrito a receber apenas uma pessoa. Mas outras medidas estão sendo planejadas junto ao Comitê de Resposta Rápida criado para executar o Plano Municipal de Contingenciamento da Covid-19.

Das 20 vagas disponíveis três já foram ocupadas nos últimos dias. O primeiro a chegar no Abrigo Emergencial, no dia 26 de março, foi João Silva Hora, 40 anos, natural da Bahia. O morador de rua estava acolhido na Casa Josué de Casto e, durante a última semana, apresentou sintomas de gripe e foi encaminhado para a UPA Torrões. Na ocasião, João recebeu a recomendação de isolamento domiciliar, pois apresentava suspeitas de coronavírus, mas sem necessidade de internamento.

O segundo, Júlio César, 26, acolhido desde o último dia 29, era usuário do Abrigo Noturno Irmã Dulce há cerca de 45 dias. Lá, foi identificado um quadro de febre, seguido de tosse e dificuldade para respirar. Por fazer parte do grupo de risco, sendo fumante, a equipe do Abrigo Noturno fez contato com o Samu, onde foi encaminhado para a UPA da Caxangá e recebeu o diagnóstico de caso suspeito, e foi encaminhado para isolamento.

O terceiro a ocupar uma das vagas deu entrada na última segunda-feira, Roberto Rivelino, 46, também foi acolhido no Abrigo Noturno Irmã Dulce há pelo menos 15 dias. Também apresentou quadro de febre e tosse e foi encaminhado pelo Samu para a Policlínica de Afogados, onde suspeitaram do Covid-19 e o recomendaram isolamento domiciliar.

Prefeitura do Cabo oferece atendimento à população em situação de rua 

Para dirimir os impactos causados pelo contágio do coronavírus a prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, por meio da Secretaria Municipal de Programas Socias intensificou o atendimento à população em situação de rua no município. O público-alvo na maioria das vezes são de cidades e estados vizinhos.

Durante o mês de março às ruas do município foram monitoradas pela equipe de abordagem Social do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), que prestou serviço de atendimento e orientação aos moradores de rua. Os que apresentaram problemas de saúde foram encaminhados para avaliação médica. Os que possuíam vínculos com a família voltaram aos seus lares, e também foram inseridos em programas sociais do município.

Garantindo assim o que preconiza a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) em seu artigo 1°, que prevê a garantia dos mínimos sociais. Os que não possuíam mais vínculos com a família foram encaminhados para o acolhimento institucional.

“O acolhimento dos que vivem em situação de rua é fundamental neste momento em que vivemos. São pessoas que precisam de toda atenção e cuidados, pois na rua estão expostos ao contágio do Covid-19”, disse a secretária de Programas Sociais, Edna Gomes.

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