Estações Central e Joana Bezerra têm movimento tranquilo no segundo dia de greve do Metrô do Recife
Paralisação dos metroviários vêm afetando a mobilidade de passageiros da Região Metropolitana do Recife
O começo do segundo dia de greve dos metroviários foi marcado por uma movimentação mais tranquila nas Estações Central do Recife e Joana Bezerra.
Após o tumulto enfrentado com o início da paralisação do Metrô do Recife na segunda-feira (3), a Estação Central do Recife, em São José, amanheceu com pouco movimento nesta terça-feira (4).
Estação Central do Recife, em São José, não recebeu muito movimento na manhã desta terça-feira (4). Foto: Matheus Ribeiro/Folha de PernambucoJá a Estação Joana Bezerra, na Zona Sul da cidade, recebeu um volume maior de pessoas que, em sua maioria, esperavam na parada de ônibus próxima ao local para chegarem em seus destinos.
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Opção que causa mais demora e atrasos, como relatou Ana Paula, que é doméstica e esperava um ônibus para voltar até a sua casa.
“[Com o metrô] eu já estaria em casa, mas agora só daqui a uma hora. Então sem o metrô prejudica a população inteira, é dor de cabeça em geral. Vai fazer uma hora que eu estou aqui esperando um ônibus para ir no médico e nada. Você tá cansado de uma jornada de trabalho e no entanto, não tem solução por consequência da paralisação”, afirmou.
Na visão de Marluce Oliveira, que é dona de casa, a falta do meio de transporte está afetando muitas pessoas.
“Tá prejudicando a mim e a muita gente que precisa trabalhar e que trabalha longe em [bairros como] Prazeres, Afogados e Cavaleiro. Muita gente vem, passa com os filhos e vê que não tem metrô”, disse.
A paralisação segue sem data para acabar até o momento. Segundo os trabalhadores, a greve está sendo causada por um incêndio que aconteceu em um dos trens da Linha Centro no dia 25 de outubro.
Por consequência das chamas, o Ramal Camaragibe ficou sem funcionar até o último sábado (1), o que também prejudicou os usuários do serviço na última semana.
Além disso, a categoria cobra melhores condições no sistema de transporte urbano e luta contra a privatização do metrô, que foi aprovada em maio deste ano.
Reunião de conciliação
O Sindicato de Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) se reunirá pela primeira vez desde o início da greve nesta terça-feira com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6), no Bairro do Recife, às 14h.
Antes, às 13h, o grupo deve promover um ato político em defesa dos direitos dos trabalhadores em frente ao TRT6.
“A gente tá com a paralisação total dos trens e só alguns funcionários da manutenção e da administração que estão trabalhando, mas os maquinistas e o pessoal de estação está todo mundo em greve. Ontem a gente recebeu a notificação do desembargador para ir hoje às 14 horas no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para ter uma audiência de conciliação. Então, a gente tá marcando um ato às 13 horas lá também no TRT para esperar a resposta da audiência de conciliação com o desembargador e a empresa”, contou Patrícia Serrano, diretora do Sindmetro-PE.






