EUA anuncia novas sanções contra o petróleo iraniano
Entre os sancionados estão cerca de 20 embarcações pertencentes à "frota fantasma" iraniana, um terminal petrolífero na China e refinarias independentes chinesas
O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira (9), uma nova série de sanções contra cerca de 50 pessoas, empresas e embarcações, sobretudo com sede na Ásia, acusadas de vender e transportar gás e petróleo do Irã.
O Departamento do Tesouro anunciou em um comunicado que estas novas sanções terão como alvo uma rede que transporta produtos energéticos iranianos avaliados em centenas de milhões de dólares, que representam "um financiamento essencial para o regime iraniano e suporte a grupos terroristas que ameaçam os Estados Unidos".
Entre os sancionados estão cerca de 20 embarcações pertencentes à "frota fantasma" iraniana, um terminal petrolífero na China e refinarias independentes chinesas.
A Casa Branca impôs tais sanções com o objetivo de "reduzir o fluxo de receitas, desmontando elementos essenciais da máquina de exportação de energia do Irã", indicou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, citado no comunicado.
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Esta é a quarta rodada de sanções direcionadas a refinarias independentes sediadas na China, especificou o Departamento do Tesouro.
Também foram afetadas empresas com sede nos Emirados Árabes Unidos (EAU), acusadas de participar da comercialização de petróleo e gás iranianos.
A maioria das cerca de 20 embarcações sancionadas navega sob bandeira do Panamá ou Palau, mas também há navios de países africanos como Gâmbia e Comores.
"Enquanto o Irã tenta gerar receitas petrolíferas para financiar suas atividades subversivas, os Estados Unidos atuarão para neutralizar e promover a responsabilização do Irã e de seus parceiros na evasão das sanções", afirmou Tommy Pigott, principal porta-voz adjunto do Departamento de Estado, em comunicado.
As sanções implicam no congelamento dos bens que empresas e pessoas afetadas têm direta e indiretamente nos Estados Unidos, além da impossibilidade de companhias ou cidadãos americanos negociarem com elas.

