Ex-CEO da Renault-Nissan, Carlos Ghosn é alvo de nova ordem de prisão
Ex-executivo já tinha sido alvo de ordem de prisão internacional emitida em abril de 2022
Um juiz de instrução de um tribunal de Paris emitiu uma ordem de prisão internacional contra o brasileiro Carlos Ghosn, que mora no Líbano, em uma investigação sobre contratos aprovados por uma filial da empresa automotiva Renault-Nissan, informou, nesta terça-feira, uma fonte próxima ao caso.
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O ex-executivo, que também tem nacionalidade francesa e libanesa, já tinha sido alvo de uma ordem de prisão internacional emitida em abril de 2022 por um juiz de instrução de Nanterre, em investigações sobre abuso de ativos corporativos e lavagem de dinheiro.
No ano passado, promotores franceses haviam emitido um mandado de prisão internacional contra ele e outras quatro pessoas que estariam ligadas a uma concessionária em Omã, que teriam ajudado o ex-gigante do ramo automobilístico a desviar milhões da Renault.
Na ocasião, os mandados de prisão afetaram também donos ou ex-diretores da Suhail Bahwan Automobiles, concessionária omani. Entre os usos do dinheiro que teria sido desviado da Renault para o bolso de Ghosn, através da empresa do ramo automobilístico no Oriente Médio, consta a compra de um iate de 120 pés — cerca de 36 metros.
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No final de 2019, o magnata saiu de forma inesperada do Japão, onde estava enfrentando um julgamento por irregularidades financeiras, para o Líbano, sua terra-natal. À época, ele alegou que não iria mais ser "refém de uma justiça japonesa manipuladora".
Sua fuga espetacular teve um roteiro de cinema e envolveu, além da ajuda de ex-militares de elite, viagem de trem bala, disfarce com chapéu e máscara cirúrgica, num tempo em que a pandemia ainda estava bem no início. Ele também é acusado de fraude financeira, durante o período em que esteve à frente da Nissan.