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Ex-líder da Ku Klux Klan, David Duke é banido do Twitter

Em 1989, foi eleito pelo Partido Republicano para uma vaga na Câmara dos EUA –seu único mandato

O ex-líder da Ku Klux Klan David DukeO ex-líder da Ku Klux Klan David Duke - Foto: Reprodução/Twitter

O ex-líder da Ku Klux Klan David Duke foi banido em definitivo do Twitter após repetidas violações das regras contra discurso de ódio da plataforma, confirmou um porta-voz da rede social nesta sexta (31).

"Esta ação está de acordo com nossas diretrizes, recentemente atualizadas, sobre links nocivos", afirmou.
O supremacista branco ganhou notoriedade na década de 1970, após fundar a Aliança da Juventude Branca, quando ainda estudava na Universidade de Louisiana, no sul dos Estados Unidos. Ele ficou famoso após desfilar pela universidade vestido com um uniforme nazista.

Em 1989, foi eleito pelo Partido Republicano para uma vaga na Câmara dos EUA –seu único mandato. De acordo com o Washington Post, seus posts mais recentes incluíam um link para uma entrevista que havia realizado com um negacionista do Holocausto, tentativas de expor "a mentira sistêmica do racismo" e a incitação da "violência contra brancos" pela mídia comandada por judeus.

 



Ele também divulgava informações incorretas sobre a pandemia do novo coronavírus e afirmou que "pessoas que não usam máscaras são os verdadeiros heróis."

A página de Duke não mostra mais nenhum de seus posts e apresenta o aviso de que a conta foi suspensa de acordo com as regras do Twitter.

Em junho, Duke havia sido banido também do Youtube, por violar regras da plataforma.

A política do Twitter proíbe os usuários de atacar ou ameaçar pessoas baseado em raça, etnia, nacionalidade, origem, orientação sexual, deficiência ou afiliação religiosa.

A rede social também não permite contas cujo propósito principal seja causar danos a outros indivíduos.

Empresas de mídia social como Twitter, YouTube e Facebook têm sido pressionadas a agir contra a publicação e o compartilhamento de discursos de ódio em suas plataformas.

Nesta terça (28), o Twitter limitou por 12 horas o acesso do filho do presidente americano, Donald Trump Jr., à sua conta na plataforma após um post sobre a Covid-19 que violava a política do site contra desinformação.
No mês passado, a empresa pôs um alerta de "comportamento abusivo" em um tuíte em que o presidente ameaçava usar "muita força" contra ativistas antirracistas.

Depois que a rede social começou a colocar alertas em suas mensagens, o americano anunciou planos para enfraquecer uma lei que protege empresas de tecnologia e adotou, por meio de decreto, uma regulação mais agressiva das plataformas de mídia social.

A primeira publicação de Trump a ser marcada com um alerta de desinformação, em 26 de maio, afirmava que votações por correio comprometem a validade de uma eleição.

Três dias depois, outro aviso foi colocado em um tuíte do republicano, classificado como "glorificação da violência". Na ocasião, o presidente escreveu que "quando começam os saques, começam os tiros", em referência à violência nos atos pela morte de George Floyd, homem negro asfixiado por um policial branco.

Naquele caso, a empresa também optou por manter a postagem devido ao interesse público.

No Brasil, em março, o Twitter apagou duas postagens do presidente Jair Bolsonaro, após considerar que as mensagens violavam as regras por colocar as pessoas em maior risco de transmitir o coronavírus.

Os posts eram de vídeos de um passeio que o presidente fez no Distrito Federal, no qual ele citava o uso de cloroquina para o tratamento da Covid-19 e defendia o fim isolamento social. Facebook e Instagram também apagaram as postagens.

Dias depois, o Twitter deletou um vídeo divulgado por um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que também trazia um vídeo de seu pai incentivando a quebra do isolamento social.

No mesmo mês, a plataforma apagou tuítes de outro filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, assim como do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que utilizavam fora de contexto um vídeo antigo do médico Drauzio Varella sobre a crise do coronavírus.

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