Ex-vice-ministro de Defesa da Rússia é condenado a 13 anos de prisão por corrupção
Ivanov foi acusado de ter desviado bilhões de rublos do banco russo, que faliu em 2016
Um tribunal de Moscou condenou, nesta terça-feira (1°), Timur Ivanov, um ex-vice-ministro russo da Defesa, a 13 anos de prisão por desvio e lavagem de dinheiro, no âmbito de uma campanha anticorrupção do governo em plena ofensiva na Ucrânia.
Até ser preso em abril de 2024, Timur Ivanov, de 49 anos, era considerado um dos funcionários de alto escalão mais ricos da Rússia.
Ele era responsável por contratos de construção relacionados ao Exército e foi acusado de ter desviado bilhões de rublos do banco Interkommerz, que faliu em 2016.
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Também foi acusado de ter desviado 200 milhões de rublos (13,9 milhões de reais) durante a venda de ferries destinados a operar no estreito de Kerch, entre a Rússia e a península ucraniana da Crimeia, anexada por Moscou.
Nesta terça-feira, além da pena de 13 anos de prisão, Ivanov também foi condenado a pagar uma multa de 100 milhões de rublos (6,97 milhões de reais), constataram jornalistas da AFP no tribunal.
Desde que, na primavera (norte) de 2024, o ex-ministro da Defesa, Serguei Shoigu, foi substituído por Andrei Belusov, pelo menos dez funcionários do ministério e generais foram detidos ou investigados.
Alguns observadores apontaram para uma purga contra pessoas próximas de Shoigu ou militares críticos com a hierarquia, mas o Kremlin assegura que se trata apenas de operações anticorrupção.
Após o veredicto, o advogado de Timur Ivanov, Murad Musayev, denunciou à imprensa uma "execução" para dar exemplo e afirmou que há uma "ausência total de provas" no caso.

