Exército israelense anuncia que matou dirigente do Hezbollah em bombardeio no Líbano
As Nações Unidas indicaram nesta terça (15) que 71 civis foram mortos pelos militares de Israel no país libanês desde 27 de novembro
Uma pessoa morreu, nesta terça-feira (15), em um novo ataque realizado por Israel no sul do Líbano, informou o Ministério da Saúde do país, um bombardeio em que o Exército israelense anunciou ter eliminado um dirigente do movimento islamista Hezbollah.
"Um ataque de drone israelense contra um carro em Aitaroun deixou um morto e três feridos, incluindo uma criança", afirmou o ministério em comunicado.
As forças israelenses "atingiram e eliminaram um comandante pertencente à divisão de operações especiais do Hezbollah na região de Aitaroun, no sul do Líbano", afirma um comunicado militar.
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O Exército israelense mantém cinco posições no sul do Líbano, de onde continua realizando ataques apesar de um cessar-fogo em vigor desde 27 de novembro.
As Nações Unidas indicaram nesta terça que 71 civis foram mortos pelos militares israelenses no Líbano desde 27 de novembro, incluindo várias mulheres e crianças.
O acordo de cessar-fogo estipula que apenas os Capacetes Azuis da ONU e o exército libanês devem ser mobilizados no sul do país, que faz fronteira com Israel.
O Hezbollah, gravemente enfraquecido pela guerra, deve se retirar ao norte do rio Litani, a cerca de 30 quilômetros da fronteira israelense, e desmantelar sua infraestrutura militar remanescente no sul.
O presidente libanês, Joseph Aoun, declarou nesta terça-feira que quer fazer de 2025 o ano do "monopólio das armas" nas mãos do Estado, referindo-se ao armamento do Hezbollah, cujas estruturas militares estão sendo desmanteladas pelo exército libanês, de acordo com suas declarações.
A guerra em Gaza, que começou em outubro de 2023, levou o Hezbollah a abrir uma frente a partir do sul do Líbano em apoio ao Hamas.
Em setembro de 2024, o conflito se transformou em uma guerra aberta. Os bombardeios israelenses dizimaram a liderança do grupo islamista e deixaram mais de 4.000 mortos.