Explosões: até onde vai a ousadia?
Na quarta investida a caixas eletrônicos em órgãos públicos, o alvo foi a Secretaria de Educação. PM prometeu reforços
Após um 2016 de investidas frequentes, as ações de bandidos contra instituições bancárias continuam em 2017. Em cinco dias, quatro investidas. Além de não darem trégua, os crimes são cada vez mais ousados e têm como alvo até mesmo prédios públicos. Na madrugada da última quinta-feira (5), dois de três caixas eletrônicos situados na sede da Secretaria Estadual de Educação (SEE), na Várzea, Zona Oeste do Recife, foram explodidos.
Por enquanto, são os criminosos que contam com armas de maior poder de destruição. Ontem, na SEE, atiraram a esmo, renderam os vigilantes e espalharam grampos por vias de acesso para dificultar qualquer reação da polícia. Eles também puseram um ônibus atravessado na rua. Quando a PM chegou, houve uma troca de tiros, mas os assaltantes conseguiram fugir.
“A guarda do 12º Batalhão percebeu e chamou viaturas mais próximas. Duas guarnições chegaram ao local quando os elementos estavam saindo da agência. E houve uma rápida troca de tiros na praça da Várzea. Mas eles estavam em maior número, com armamento superior”, descreveu o diretor das especializadas da PM, tenente-coronel Vanildo Maranhão.
Com uma radiopatrulha reforçada, o objetivo é, justamente, melhorar o tempo e a forma como a resposta às ações criminosas é dada. Foi criada a Ronda Ostensiva Coronel Roberto Pessoa (Rocrop), que contará com uma equipe em cada uma das dez áreas integradas de segurança (AIS) do Grande Recife.
Cada unidade terá duas guarnições e um total de oito policiais. Eles portarão fuzis 556, superiores às pistolas e submetralhadoras usadas pelas guarnições táticas e patrulhas do bairro. Para compor a tropa, serão mobilizados PMs que estavam cedidos à Força Nacional de Segurança Pública ou que atuavam em outros batalhões.
Os detalhes foram informados horas depois do ataque à SEE. A Polícia Civil também destacou o trabalho de inteligência, que possibilitou a prisão de 110 pessoas envolvidas nesse tipo de crime e a desarticulação de 15 quadrilhas. De janeiro a novembro de 2016, 130 roubos e furtos a agências e terminais bancários foram contabilizados pela Secretaria de Defesa Social (SDS).
Para o Sindicato dos Bancários, porém, o número passa de 260. “Medidas simples podem impedir o roubo a essas agências e coibir tais ações”, ressaltou o chefe da Polícia Civil, Antônio Barros, citando um dispositivo que enche o ambiente de fumaça quando percebe-se sinais de violação
Outros ataques
Também na madrugada, uma agência em Timbaúba, no Agreste, foi invadida. Na quarta, o alvo foi prédio da Prefeitura de Lagoa do Carro.
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Inclusão
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