Extremos climáticos: chuvas e calor extremo de novembro deixaram 19 mortos pelo Brasil; veja onde
Após forte onda de calor que assolou o país, regiões Sul e Sudeste sofrem com mortes como consequência de temporais
As ondas de chuvas que assolaram as regiões Sul e Sudeste no mês de novembro deixaram pelo menos 17 mortos em quatro estados do país. No Rio Grande do Sul, que enfrenta uma aguda devastação em decorrência de temporais desde quarta-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) confirmou a quinta morte na manhã desta terça-feira em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Na Região Sul, mais castigada por temporais após a forte onda de calor que atingiu o país, foram registradas oito mortes até esta terça-feira. No Rio Grande do Sul, a Defesa Civil gaúcha confirmou outras quatro mortes. Entre eles, está a fisioterapeuta Isabeli Soardi, de 26 anos, que foi atingida pelo desabamento de telhado em um ginásio na cidade de Giruá, no interior do estado, na última quarta-feira. Em Gramado, duas mulheres foram soterradas dentro da própria residência. Já em Vila Flores, um homem que tentou atravessar as águas com seu carro foi carregado pelas chuvas.
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O balanço mais recente divulgado pela Defesa Civil gaúcha, na noite de segunda-feira, apontou que mais de 227 mil pessoas foram afetadas direta ou indiretamente pelas chuvas no estado, que já atingiu 30% dos 497 municípios. Outras 17 mil pessoas tiveram que deixar suas casas em decorrência dos temporais desde a última quarta-feira.
Já em Santa Catarina, o número de mortos pelas chuvas subiu para três na última sexta-feira. A terceira vítima foi um homem de 46 anos que andava de moto aquática e bateu com a fiação elétrica em Palmitos, no Oeste catarinense. Na quinta-feira, outras duas pessoas morreram como consequência dos temporais de novembro. As amigas Evanilda Comelli Rahn e Rosa Maas foram vítimas de uma enxurrada em Taió, no Vaje do Itajaí. No mês anterior, o estado já tinha sido atingido por outra onda de chuvas, deixando pelo menos seis mortos.
Em Minas Gerais, foram registradas duas mortes em decorrência das chuvas. Também na quarta-feira, quando começou a onda de chuvas, um pedreiro morreu na cidade de Cássia, no interior do estado. A estrutura de um galpão se soltou e caiu sobre Welerson dos Santos, de 59 anos. A vítima trabalhava em uma obra no local, situado nas margens da MG-444. A estrutura do galpão ficou destruída e atingiu carros que estavam estacionados no local.
Outra morte foi registrada neste domingo, na cidade de Pedralva, também no interior do estado, segundo balanço da Defesa Civil mineira. No município, uma mulher morreu atingida pela queda parcial da estrutura de uma residência, enquanto outras duas pessoas ficaram feridas.
Antes da onda de calor que assolou o país na última semana, São Paulo foi atingido por chuvas fortes, ainda no começo de novembro. Os balanços registrados pela Defesa Civil paulista contabilizam sete mortes em decorrência do temporal que ocorreu no último dia 3. Foram registrados óbitos em seis cidades: São Paulo, Osasco, Santo André, Limeira, Suzano e llhabela. A maioria das mortes ocorreu com a queda de árvores, paredes e muros, vitimando cinco pessoas.
Onda de calor
A onda de calor que afetou o país nas últimas semanas também teve final trágico em alguns estados. No último dia 14, o menino Apollo Gabriel Rodrigues, de 2 anos, morreu sob circunstâncias que estariam diretamente ligadas às altas temperaturas. Ele tinha sido esquecido no interior de uma van escolar em São Paulo em dia que registrou 40 graus na capital paulista.
Já no Rio de Janeiro, o calor extremo registrado na última sexta-feira vitimou uma fã da cantora Taylor Swift que chegou cedo ao show da artista e ficou próxima à grade do evento, no estádio Nilton Santos. A jovem Ana Clara Benevides, de 23 anos, passou mal logo no começo da apresentação. No dia, a cidade registrou sensação térmica de 59 ºC, temperatura recorde na cidade.