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Falta ânimo a João Paulo para encarar o 2º turno

A tese do “golpe” que João Paulo defende no Recife para se referir à queda de Dilma nem colou e nem colará

De Repente Uma FamíliaDe Repente Uma Família - Foto: Divulgação

João Paulo provou no 1º turno que é bem maior que o partido a que pertence. Com uma campanha franciscana e metade do tempo de TV em relação a Geraldo Júlio, com quem disputa o 2º turno, obteve 24% dos votos válidos. O percentual ficou aquém do que sinalizavam as primeiras pesquisas. Mas era esperado porque o Recife não é uma ilha isolada no contexto. Se o PT foi fortemente rejeitado nos grandes centros graças ao escândalo da Petrobras e ao fracasso econômico do governo Dilma, que legou ao país 12 milhões de desempregados, aqui não seria diferente. E João Paulo foi uma das vítimas desse tsunami. Todavia, 2º turno é outra eleição porque o tempo de TV dos dois finalistas é exatamente o mesmo. João Paulo parece que não se apercebeu disto e está entrando na campanha com cara de derrota antecipada. Falta uma bandeira para tentar sensibilizar ele próprio porque a tese do “golpe” nem colou e nem colará.

Raquel irá descer do muro
“Expulsa” do PSB pelo comando regional do partido, Raquel Lyra abrigou-se no PSDB, virou candidata a prefeita de Caruaru e está no 2º turno com Tony Gel (PMDB). Mas nunca falou mal da Frente Popular nem do governador Paulo Câmara. Era como se sentisse saudade do seu ex-partido. Agora, porém, que o PSB decidiu apoiar seu adversário, ela deve descer do muro e assumir-se como oposição.


Espaço > O aviso dado por Lula Cabral (PSB), prefeito eleito do Cabo de Santo Agostinho, de que não apoiará a reeleição de Paulo Câmara se Raul Henry for mantido na vaga de vice, é um dos primeiros sinais (outros virão) de que, ao contrário do que pensam os “sábios” palacianos, não cabe todo mundo de um lado só.

Apoios > Do vereador não reeleito Arlindo Siqueira (PSL) sobre o 2º turno, em Olinda, entre Antonio Campos (PSB) e Lupércio (SD): “Tonca está em busca de apoio de personalidades e Lupércio, do povo”.

Lamento > O senador Armando Monteiro lamentou a derrota do PTB em muitas cidades, mas a que mais o surpreendeu foi a de Limoeiro, onde o prefeito Tiago Cavalcanti perdeu para o tio, Joãozinho (PSB).

Vitória > Após dois insucessos para deputado estadual, o gaúcho Vilmar Capellaro (PMDB) elegeu-se prefeito de Lagoa Grande na trilha do também gaúcho Jorge Garziera, que foi prefeito duas vezes.

Sentença > Difundiu-se muito em Surubim, nessas eleições, frase atribuída ao ex-deputado Monsenhor Ferreira Lima: “Os ‘Farias’, enquanto vida tivessem, jamais chegariam à prefeitura. Sizino Ferreira Lima, parente do monsenhor, negou a paternidade da frase e Ana Célia Farias (PSB) é a prefeita eleita.

Pólo > O ministro Bruno Araújo é o 2º pólo de poder hoje em PE, graças ao ministério que comanda (Cidades). Pode até fazer um “governo paralelo” como Eduardo Campos fez em 2005 quando era ministro de Ciência e Tecnologia, visando à disputa pelo governo estadual em 2018. Resta saber se terá coragem.

Vanguarda > RN foi o Estado do Brasil que elegeu o maior número de prefeitas no 1º turno: 47 (28,14%). Os homens totalizam 120. Dentre as eleitas destaca-se Rosalba Ciarlini, que ganhou em Mossoró pela 4ª vez após ter sido senadora e governadora. Aliás, nasceu no RN a 1ª prefeita do Brasil: Alzira Soriano (Lajes). O Estado já elegeu duas mulheres governadoras: a própria Rosalba e Vilma Faria. Pernambuco nunca elegeu e nem tem perspectiva.

 

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