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Feminicídio tem queda neste mês de 50% em relação a maio de 2018

Ao todo, as polícias notificaram três vítimas de feminicídio em maio, contra as seis do mesmo mês de 2018

FeminicídioFeminicídio - Foto: André Nery/Arquivo Folha

Com uma redução de 16% nos homicídios em Pernambuco em maio, os crimes contra as mulheres também apresentaram baixas significativas nesse mês, segundo dados divulgados ontem pela Secretaria de Defesa Social (SDS). Os feminicídios tiveram a maior redução percentual do ano no mês passado, atingindo a marca de 50% de queda em relação a maio de 2018. Nos cinco primeiros meses deste ano, a redução desse tipo de crime foi de 11,5% em comparação ao mesmo período de 2018.

Ao todo, as polícias notificaram três vítimas de feminicídio em maio, contra as seis do mesmo mês de 2018. Ainda em maio de 2019, os estupros retrocederam em 16,88%. No total, no período, ocorreram 197 crimes do tipo em todo o Estado, contra 239 em maio de 2018.

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A violência doméstica e familiar contra a mulher, um tipo de crime que ocorre de forma silenciosa, também teve leve redução no número de queixas no mês passado, de acordo com o balanço da SDS. Foram 3.439 ocorrências, o que representa uma queda de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, que somou 3.468 registros. A polícia ressalta que, pela forma e local em que ocorrem, só a queixa formal dá possibilidade de identificar e punir os autores desses crimes.

O secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua, disse que o combate dos crimes contra as mulheres é uma das prioridades da gestão estadual. O gestor afirmou ainda que trabalha para, nos próximos anos, aumentar o número de delegacias especializadas no combate a este tipo de crime. Atualmente, Pernambuco conta com 11 unidades. “Em razão do bom trabalho que estamos desempenhando, os números mostram que as mulheres estão mais confortáveis e confiantes para procurar o Estado e denunciar as agressões”, comentou.

Uma das preocupações da segurança pública é que, ainda hoje, muitas mulheres não procuram a polícia para denunciar seus agressores. Segundo a gestora em exercício do Departamento de Polícia da Mulher (DPMul), delegada Ana Elisa Sobreira, as vítimas normalmente vão à delegacia quando já estão no limite. “Contudo, está ocorrendo uma mudança de comportamento. Estamos percebendo que a mulher está procurando dar um basta logo nos primeiros momentos do ciclo de violência. Tem crescido o número de mulheres que registram os crimes de injúria e ameaça, antes que aconteça algo mais grave”, declarou a gestora.

A delegada conta que a polícia tem investido em ações de prevenção para conscientizar as mulheres. São realizadas palestras em bairros que apresentam altos índices de violência e em cidades que não contam com delegacia especializada. “Assim, conseguimos passar informação e mostrar que elas podem estar vivendo um crime, um ciclo de violência, um relacionamento abusivo, além de esclarecer que elas não estão sozinhas e que existe toda uma rede de proteção”, comenta Ana Elisa Sobreira. A gestora do DPMul diz ainda que tem sido realizadas algumas operações contra agressores que descumpriram medida protetiva.

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