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Fluminense se une após tragédia de Abel Braga

Após o "fico" de seu técnico, o time embarca nesta terça (1º) para o Recife

Abel Braga, técnico do FluminenseAbel Braga, técnico do Fluminense - Foto: Nelson Perez/Fluminense/Divulgação

RIO DE JANEIRO (RJ) - O desastre ocorrido com João Pedro, filho mais novo de Abel Braga, conseguiu jogar um balde de água fria no clima quente que toma conta da política no clube.

A comoção e solidariedade em torno de Abel conseguiram até juntar cartolas que não frequentariam o mesmo ambiente em outras situações. Nomes como o do ex-presidente Peter Siemsen, do advogado Mário Bittencourt e do ex-vice de futebol Sandro Lima marcaram presença e bateram papo no velório no Salão Nobre das Laranjeiras.

Desde que Pedro Abad venceu a eleição, o sucessor de Siemsen conta com a rejeição de diversas correntes políticas do clube. Não raro o dirigente é xingado por boa parcela da arquibancada tão logo o time sofre um gol. Mas a conduta do mandatário no episódio contou pontos internamente. Com enorme discrição, Abad, presente ao lado de Abel desde o primeiro momento, improvisou uma estrutura com colchonetes em sua sala para que os familiares do técnico descansassem.

A dedicação do presidente foi destacada por Abel Braga. A admiração do treinador por Abad sempre foi grande desde o primeiro contato, mas explodiu após os gestos de carinho do fim de semana.

O abraço a Abel não ficou restrito ao ambiente interno do clube. Pelas redes sociais, uma ala está se mobilizando para homenagear o comandante em seu retorno ao banco de reservas. A forma como será feita a lembrança depende de quanto dinheiro for arrecadado, mas a ideia central é que o treinador se sinta acarinhado pela torcida tricolor.

A própria confirmação de que o Flu enfrentará o Atlético-GO no Maracanã foi uma semente plantada pelos tricolores, que queriam que o jogo saísse de Edson Passos, para que a lembrança pudesse ser mais marcante. O baixa média de público do Fluminense decepciona a cúpula tricolor, que crê que o "efeito Abel" poderá levar mais público aos estádios, já que o acidente parece ter despertado a torcida em torno de uma causa.

"Precisamos apelar ao torcedor, depende muito dele para jogarmos no Maracanã. Esse jogo vai ter um simbolismo, a torcida vai querer passar calo humano ao treinador. Essa tragédia foi um empurrão final", afirmou Pedro Abad.

Após o "fico" de seu técnico, o time embarca nesta terça (1º) para o Recife, local da partida diante do Sport, quarta (2), 19h30, na Ilha do Retiro. Abel ainda não definiu se viaja junto com o elenco ou segue para a capital pernambucana apenas no dia do jogo.

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