Frevo, cores e alegria nas cidades-irmãs
No Recife, 28 blocos líricos se reuniram na rua da Aurora. Em Olinda, o Eu Acho é Pouco tomou as ladeiras
A troça, que chega a sua 40ª edição, comandou o agito com orquestra de frevo, estandarte, batucada e o famoso dragão. Teve frevo e irreverência para todos os gostos nos focos de folia mais procurados no Estado.
Às 16h em ponto, com o sol já esfriando, foliões de todas as idades curtiam a nostalgia dos frevos clássicos, a passos soltos, com um sorriso no rosto que contagiava e exprimia aquele que deveria ser o verdadeiro sentimento da festa de Momo, sem arrastões nem violência.
A Aurora dos Carnavais levou os flabelos até o palco, onde as flabelistas de blocos como o das Flores, das Ilusões, reverenciaram os foliões no Centro do Recife. Entre os mais animados estava o casal Aldo, 71 anos, e Neide Alfino, 67. Casados há 53 anos, os dois curtem o Carnaval juntos há 40 anos. Sempre fantasiados com roupas temáticas.
Os acordes momescos também reuniram centenas pelas ruas históricas da Cidade Patrimônio. Neste ano, o Eu Acho é Pouco estampou nas camisas críticas políticas ao atual Governo Federal, com a frase “Fora Temer”. Em meio às músicas, foliões protestaram com gritos e ironias ao presidente do Brasil.
O clima foi de tranquilidade e não foram vistos tumultos. A presença do efetivo policial reforçado deu um ar maior de segurança. Em meio aos foliões, era possível ver várias famílias com crianças.
O casal Manuela Alcoforado e Amaury Pinto Neto foi um deles. Eles levaram os filhos pequenos, Antônio, de 1 ano e 11 meses, e Filipa, 4, para conferirem a atração. “É um bloco com irreverente. Fora que a orquestra sempre anima e arrasta a gente. Não tem como cansar. É tão gostoso que a gente pode pular mais de três horas que nem sente”, declarou Manuela.
Veja também

FAMÍLIA REAL
Meghan tenta evitar julgamento em caso contra jornal britânico por invasão de privacidade
