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Geraldo entra na fila para a eleição de 2022

Ao reeleger-se socialista habilita-se a ser o sucessor de Paulo Câmara em 2022

Inaldo SampaioInaldo Sampaio - Foto: Colunista

Ao reeleger-se ontem com cerca de 60% dos votos válidos, o prefeito Geraldo Júlio entrou na fila dos pré-candidatos do PSB ao governo estadual em 2022. O partido tem um candidato natural para 2018, que é Paulo Câmara, que postulará a reeleição. Seu saldo administrativo é bastante modesto, dado que não cumpriu até agora nenhuma das grandes promessas feitas em 2014 - duplicação da BR-232 até Arcoverde, construção de novos hospitais em Petrolina, Garanhuns e Serra Talhada, e multiplicação por dois do salário dos professores. Mas ele não enfrenta concorrentes dentro da legenda. Quem poderia ameaçá-lo era o senador Fernando Bezerra, que já anunciou publicamente que irá apoiá-lo. O senador é o primeiro da fila para 2022, seguido pelo prefeito do Recife. Que ganhou o mandato de Eduardo Campos em 2012, de mão beijada, e agora o renovou por seus próprios méritos e as fragilidades do seu adversário. O senador Fernando Bezerra Coelho é o primeiro nome da fila do PSB para concorrer ao governo estadual em 2022.

Ao reeleger-se socialista habilita-se a ser o sucessor de Paulo Câmara em 2022

Armando não deve mais nada ao PT
O senador Armando Monteiro e seu fiel escudeiro Sílvio Costa já iniciaram, discretamente, o processo de descolamento do PT. Ambos são a favor da PEC 241, que é demonizada pelo PT e o PCdoB. O senador foi ministro de Dilma, ficou ao lado dela no processo de impeachment e retirou a candidatura de Sílvio Costa Filho a prefeito do Recife para apoiar João Paulo. Portanto, não deve mais nada ao PT.

Gratidão > Derrotado por Raquel Lyra (PSDB) no 2º turno de Caruaru, o deputado Tony Gel (PMDB) será eternamente grato a Paulo Câmara e ao deputado Jarbas Vasconcelos, que estiveram ao seu lado em todas as horas. O projeto de voltar à Câmara Federal em 2018 poderá ser arquivado em nome do “projeto” Raul Henry (PMDB).
Quarteto > A vitória de Geraldo Júlio no Recife, a de Anderson Ferreira (PR) em Jaboatão, a de Júnior Matuto (PSB) em Paulista e a de Miguel Coelho (PSB) em Petrolina garante a “largada” de Paulo Câmara (2018).
Família > O ex-deputado Manoel Ferreira, quem diria, virou pólo de poder em Pernambuco. Um filho é deputado estadual (André), outro (Anderson) prefeito de Jaboatão, e um genro (Fred) vereador no Recife.
Zero > O PCdoB foi humilhado em Pernambuco nessas eleições, pois não elegeu um só prefeito. O consolo para a derrota de Olinda foi a vitória de Luciano Siqueira como vice de Geraldo Júlio.

Acerto > A derrota de Antonio Campos para prefeito de Olinda ensejará, necessariamente, uma lavagem de roupa suja no PSB. Uma ala do partido não apenas deixou o candidato entregue às moscas como trabalhou pela vitória do Professor Lupércio (SD) para deixar João Campos sem concorrentes dentro da família.
Embrião > Com a vitória de Raquel Lyra (PMDB) em Caruaru, sai fortalecido o embrião do bloco oposicionista que abraçou a candidatura dela neste segundo turno. O bloco tem como líderes mais expressivos os ministros Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM) e o senador Armando Monteiro (PTB).
Saldo > Das três prefeituras de capitais que disputou no segundo turno, o PSB ficou com uma: Recife (Geraldo Júlio). Valadares Filho perdeu em Aracaju e Vanderlan Cardoso perdeu em Goiânia. Este último foi lançado na vida pública em 2014 pelo senador Ronaldo Caiado (DEM), com o aval de Eduardo Campos, que o lançou para o Governo de Goiás. Agora, Caiado apoiou ostensivamente o prefeito eleito (e ex-governador) Iris Rezende (PMDB).

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