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Tecnologia

Google obtém vitória parcial em briga judicial nos Estados Unidos

Juiz federal argumenta que procuradores não conseguiram demonstrar que resultados de pesquisa prejudicavam rivais

Google, da AlphabetGoogle, da Alphabet - Foto: Pau Barrena / AFP

Em uma vitória parcial, o Google conseguiu que o processo que enfrenta nos Estados Unidos, envolvendo seu negócio de buscas, tenha seu escopo limitado.Um juiz federal rejeitou algumas alegações dos procuradores gerais do Estado. Em uma decisão revelada hoje, o juiz distrital dos EUA, Amit Mehta, disse que os procuradores não conseguiram demonstrar que os resultados de pesquisa do Google prejudicaram rivais como Yelp e Expedia Group.

Mehta deixou de lado as alegações do Departamento de Justiça de que os contratos do Google com a Apple, Mozilla e fabricantes de smartphones para pré-carregar seu mecanismo de busca prejudicavam a concorrência.

A alegação sobre a pesquisa vertical "não se baseia em evidências, mas quase inteiramente na opinião e especulação de seu especialista", escreveu Mehta. "Simplificando, não há evidência registrada de danos anticompetitivos."

O caso, previsto para ser julgado em 12 de setembro, agora se concentrará nos acordos que o Google fez com as empresas para definir seu mecanismo de busca como padrão, o que, segundo os autores da ação, impediu que rivais como o Bing e o DuckDuckGo, da Microsoft, ganhassem a escala necessária para competir com o Google.

Na decisão de sexta-feira, Mehta disse que precisava ver mais evidências sobre como os acordos do Google com os navegadores e fabricantes de smartphones afetavam o mercado antes de decidir sobre sua legalidade.

O Google reiterou que os consumidores têm opções on-line sobre onde buscar informações.

"Esperamos mostrar no julgamento que a promoção e distribuição de nossos serviços é legal e pró-competitiva", disse Kent Walker, diretor jurídico do Google, em comunicado.

O Google buscou descartar os dois processos antitruste movidos pelo Departamento de Justiça e pelos AGs estaduais, que foram apresentados separadamente em 2020. Os processos alegam que os acordos do Google para garantir que seu mecanismo de busca seja o padrão em navegadores da Web e dispositivos móveis violam as leis antitruste. Mehta está supervisionando os dois processos.

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