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Greve dos metroviários em Pernambuco: dia de transtorno para passageiros

Estações estão fechadas e movimentação de passageiros é baixa

Paralisação do metrô. Estação Joana BezerraParalisação do metrô. Estação Joana Bezerra - Foto: Arthur Botelho/Folha de Pernambuco

No primeiro dia da greve deflagrada pelos metroviários de Pernambuco, a movimentação de passageiros é intensa na Estação Joana Bezerra, no centro do Recife, na manhã desta segunda-feira (3). Os usuários procuram outros meios para chegarem em casa, ao trabalho ou demais compromissos.

Essa paralisação é por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), a luta é pela segurança dos usuários do metrô e conta o sucateamento do modal. Na semana passada, a linha Centro ficou paralisada por conta de um incêndio que atingiu um trem entre as estações Alto do Céu e Curado I. Foram sete dias sem atividades desse ramal.

A imprensa foi proibida pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de entrar nas estações para fazer qualquer tipo de imagem.

 

Paralisação do metrô. Estação Joana BezerraParalisação do metrô. Estação Joana Bezerra. Foto: Arthur Botelho/Folha de Pernambuco

Para Vinicius Emanuel da Silva, de 27, que é analista de planejador de controle de manutenção, o final do expediente promete ser de maiores imprevistos, uma vez que ele vai precisar rever o caminho para sair do trabalho, que fica em Afogados, Zona Oeste, para Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, onde mora.

“Vou me atrasar de 10 a 15 minutos. O metrô é um dos principais transportes públicos que a gente pega e a falta dele dificulta muito a vida da gente. São milhares de pessoas que usam, diariamente, e eu sou uma delas. Dificultou a minha vida e eu vou ter que pegar um Uber”, explica.

 

“Para voltar vamos ter que mudar o rumo das estações. Ao invés de vir para cá, vou para o Barro ou pegar direto pelo Derby, justamente por conta dessa paralisação. Transtorno demais hoje”, complementa.

Na estação de ônibus da Joana Bezerra, em virtude da greve, a movimentação aumentou. Diversos usuários tiveram que recorrer aos coletivos para chegar aos destinos, a exemplo da doméstica Ivanir Carla, 43, que saiu de São Lourenço da Mata, rumo a Boa Viagem.

“Eu levo cerca de uma hora e dez minutos para chegar ao trabalho. Agora, esse tempo dobrou. Ficou complicado, porque os ônibus estão se quebrando. No Derby foi assim e ficou um transtorno ainda maior, como na semana passada, que o se quebrou também”, relembra ela.

O que diz a CBTU?
Por meio de nota, a CBTU disse que já acionou a justiça para retomada da operação, aguardando decisão judicial, “para que haja o mais rápido possível alguma decisão para retomada do funcionamento do sistema para garantir o deslocamento dos usuários”.

Estação Central
Na Estação Central do Metrô do Recife, onde a movimentação já era baixa, por volta das 10h, os representantes da categoria estenderam duas faixas, com as inscrições “pernambucanos exigem investimentos para o metrô do Recife” e “privatizar o metrô é aumentar a passagem e prejudicar o povo”.

Ato às 10h
Nas redes sociais, o Sindmetro-PE convocou a categoria para promover, a partir das 10h, um ‘apitaço’ em caminhada até o monumento ‘Tortura Nunca Mais’, no bairro da Boa Vista. A concentração aconteceria na Estação Central do Recife, em São José. Porém, segundo Patrícia Serrano, que é diretora de base do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco, a organização está tentando levar os integrantes para o Centro de Manutenção de Cavaleiro, em Jaboatão.

“Ainda não chamaram a gente para conversar. Lá em Cavaleiro chamaram até a polícia, por meio de uma denúncia anônima, dizendo que estávamos impedindo alguém de entrar [na estação], só que a gente conversa e não impede. A polícia ia levar o presidente do nosso sindicato preso por conta disso”, afirmou ela.

A reportagem tentou entrar em contato com o presidente Luís Soares, mas não obteve retorno. O grupo continua em frente a ECR, aguardando por um novo posicionamento.

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