IA do Globo que corrige redação do Enem libera três temas na semana da prova
Tema envolve mais aspectos do que tarifaço, alerta professor do Eureka, parceiro do GLOBO na ferramenta
A inteligência artificial do GLOBO, criada em parceria com o Grupo Eureka, que corrige redação para o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) abre três temas nesta segunda-feira para a semana final da prova, que será realizada no próximo domingo. Com eles, a ferramenta reúne dez propostas para treinar.
Os novos temas são:
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De acordo com o professor Marco Saliba, do Grupo Eureka, recomenda que o estudante refaça o texto após as correções da inteligência artificial.
— Escrever se aprende escrevendo. É muito importante, após uma avaliação de um texto, seja de uma inteligência artificial, seja de um educador de carne e osso, que o estudante refaça aquilo que pode ser melhorado, que foi indicado para correção para que nesse exercício ele aprenda e desenvolva sua escrita — diz.
A página de correção das redações com IA liberará um novo tema por semana. Em novembro, a poucos dias da prova, três novos assuntos serão disponibilizados. Os dois primeiros textos poderão ser acessados por todos os leitores — é preciso apenas preencher um cadastro. O conteúdo restante estará restrito aos assinantes do GLOBO.
O aluno poderá escrever o texto diretamente na plataforma pelo celular ou no computador. Outra alternativa é fazer a redação à mão, tirar uma foto da folha de papel, conferir o que a inteligência artificial captou da escrita — e fazer ajustes, se necessário. Depois, é só solicitar as correções.
— Para tirar nota boa na redação, é preciso conhecer os critérios de correção e treinar bastante. Nossa inteligência artificial ajuda nas duas tarefas — explica Bruno Alfano, repórter do GLOBO especializado em educação e um dos idealizadores da ferramenta.
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O professor Marco Saliba, do Grupo Eureka, destaca que toda tecnologia educacional deve ser encarada como mais uma ferramenta de aprendizagem dentro de um conjunto maior, que forma um processo pedagógico:
— Tem o lápis, o caderno e a plataforma digital. Ela não substitui o professor, mas pode ajudar muito sendo uma ferramenta a mais para melhorar a escrita e sanar problemas pontuais às vésperas do exame para aumentar a nota.
‘Bom domínio’
A ferramenta do GLOBO, além de apontar os erros, também sugere melhorias. “Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa, com estruturas sintáticas bem elaboradas e vocabulário adequado. Apresenta desvios esporádicos que não comprometem a clareza”, discorreu a IA ao avaliar o texto de Maria Clara Reis Pereira, aluna de 17 anos do Colégio Qi-Metropolitano, que tirou 960, de um máximo de 1.000.
— Com a correção, consigo analisar se meu modelo para redação está dando certo e identificar os pontos que eu preciso melhorar, como argumentação, estrutura, vocabulário — enumera a jovem.
Já o experiente professor de redação Lucas Neves, do Colégio Leonardo da Vinci, tirou mil. “Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada”, elogiou a plataforma.
— A estrutura do texto, as questões gramaticais e a consistência da argumentação são os maiores desafios na hora de fazer a redação. A boa notícia é que elas melhoram com a prática — recomenda Neves.

